Treinador do Vitória aborda o reencontro com o extremo inglês, admite que tem um talento incrível, mas aposta num triunfo dos minhotos.
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Sobre a irregularidade da equipa: "Acontece tanto que é normal essa pergunta surgir outra vez, mas depois do jogo com o Benfica, em que perdemos por 3-0, a equipa encontrou-se com ela própria. Até disse que ficámos em paz connosco e isso tem-se refletido nos resultados e exibições. Deixou de existir essa desconfiança, no sentido de se saber se vai ser o melhor Vitória ou a equipa que não fazia grandes exibições. Do que tenho visto e do que temos sentido, independentemente do que aconteça amanhã, sentimos conforto em termos exibicionais."
Sobre o Sporting: "Vamos encontrar uma grande equipa, campeã nacional com todo o mérito. Este ano, com uma ou outra nuance, reforçou-se bem, com o nosso Marcus Edwards, que é fantástico e que também dispensa apresentações, um talento impressionante, e o Slimani, que veio ajudar muito. O Sporting ficou fortíssimo, mas nós estamos no nosso melhor momento e queremos dar sequência a isso."
O maior perigo do adversário: "O Sporting tem uma variabilidade muito grande de opções, o Rúben Amorim tem feito um trabalho a todos os níveis fantástico e as nuances que introduziu deram ainda mais qualidade. É uma equipa que consegue construir curto, como se viu nos golos diante de um adversário fortíssimo, o FC Porto, no Dragão, como não tem problemas em esticar o jogo 40 ou 50 metros; tem também um bom jogo interior. É fácil identificar tantas coisas positivas, mas que são difíceis de anular. Mas sentimos que estamos em condições de anular e colocar em prática o nosso jogo, que passa por termos bola, porque eles não gostam de não a ter, e de sermos competentes com ela. Não podemos ter medo de errar, porque tem quem tiver medo vai errar constantemente."
Apoio dos adeptos: "Faltam oito jogos, temos cinco finais em casa, e queremos muito que haja um inferno branco na bancada. Nós, dentro de campo, vamos fazer tudo ao nosso alcance para vencer diante de uma equipa fantástica."
Reencontro com Marcus Edwards: "É motivo de satisfação, ele é meio soneca, mas é mesmo assim, é bom miúdo, todos gostamos dele. Tem um talento impressionante e não tenho dúvida que vai ter continuidade no Sporting, mas agora está do outro lado. Mas também temos jogadores com muita magia e criatividade, e sou o primeiro a dar-lhes liberdade. A atitude, entrega e intensidade é que são inegociáveis. Vamos lutar pelos três pontos do primeiro ao último minuto como se não houvesse amanhã."
Momento da equipa após dois triunfos: "Não podemos embandeirar em arco. Fiquei satisfeito com o caráter da equipa depois de duas derrotas seguidas. Foi inteiramente justo, mas já está para trás. Tivemos uma volta olímpica com o Braga e depois foi o que foi com o Arouca. O futebol é fértil nisto. Tem de haver continuidade e estabilidade exibicional. Teremos que estar no nosso melhor em termos exibicionais."
Contas para a Europa: "O Gil está a fazer uma época tremenda, de sonho, mas o Vitória só tem de olhar para dentro e fazer o seu caminho. Nove pontos de diferença é um bocado, mas é preciso ir jogo a jogo e fazer depois as contas no fim. Não vale de nada olhar para o Gil."
Mais tranquilidade com a nova direção desportiva: "Se vou dizer que trouxe tranquilidade até dá a ideia que não existia tranquilidade antes. São pessoas que querem dar tudo pelo clube."
Repetição do onze na Madeira e equipa sem sofrer golos: "Mentalmente é importante não sofrer golos. Ainda não fiz bem essas contas, mas devemos ser a equipa que trocou mais vezes de jogadores de uma jornada para a outra. Manter o onze dá estabilidade e rotinas. Quanto ao facto de a equipa não ter sofrido golos, isso é uma sequência. Se estivermos obcecados com isso, parece que é pior. Não permitimos muitas oportunidades ao Famalicão e ao Marítimo, em jogos que estivemos ligados e fortes desde trás. É isso que faz com que a equipa não sofra golos."
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