Presidente do organismo vai marcar AG para referendar a própria governação.
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O presidente da Liga de Clubes vai ser "apertado" esta quinta-feira pelos presidentes dos emblemas do futebol profissional, numa reunião onde, ao contrário do que ontem chegou a ser noticiado, não deverá ser confrontado com a exigência da sua demissão. Ou, a acontecer, não será pela maioria dos associados.
Aliás, O JOGO sabe que Pedro Proença vai marcar uma assembleia geral extraordinária, previsivelmente para 6 de junho, já sem as condicionantes sanitárias que proíbem reuniões com mais de 10 pessoas, onde pretende dar voz aos contestatários, incluindo na agenda da reunião magna um ponto sobre a governação do organismo.
O descontentamento é grande, afiançaram várias fontes a O JOGO, mas o momento, referem, não é propício a uma crise na gestão do organismo.
Benfica, Marítimo, Belenenses e Famalicão estão entre os clubes que têm sugerido a queda de Proença, ao contrário dos críticos mais moderados.
O adiamento da reunião de terça-feira para hoje não caiu bem junto dos presidentes, que já então o quereriam confrontar com questões relacionadas com a sua atividade durante esta fase inédita no futebol português, especialmente o caso de uma iniciativa sua, quando escreveu ao Governo e ao Presidente da República a sugerir a transmissões de jogos em sinal aberto, envolvendo a RTP, sem que antes tenha conversado com os clubes e com os operadores que são proprietários dos direitos televisivos, nomeadamente a NOS e a Altice, assim como a Sport TV e a BTV (canal do Benfica).
O esclarecimento aos clubes passará, então, pelo mesmo argumento apresentado à Sport TV, em carta endereçada por Proença no passado dia 18, a que O JOGO teve acesso, onde realça o que antes havia escrito ao ministro da Economia a 26 de abril: "É necessário também que o calendário desportivo seja retomado, de forma a todos os stakeholders [parceiros] envolvidos na indústria continuem a apostar no futebol, e que as operadoras recebam as suas contrapartidas, garantindo ao setor os mais de 50 milhões de euros, que farão a diferença entre a solvabilidade ou não solvabilidade do setor, nos próximos tempos".