Pedro Proença: "Quando cheguei, a Liga não tinha dinheiro para pagar água, luz, telefone..."

Pedro Proença, presidente da Liga Portugal
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Pedro Proença, no "Thinking Football Summit", evento da Liga que decorre no Porto até sábado, explicou como a Liga atua como agente central de crescimento do futebol profissional
Ação: "Nós somos um futebol que gera talento a todo o momento, a toda a hora. Um país que tem o tamanho e a capacidade que tem em termos industriais, somos apenas e com muito orgulho a industria que gera mais talento no mundo. Os portugueses respiram futebol. Não é ao acaso que digo que temos o melhor jogador do mundo, o melhor agente e, com toda a convicção, os melhores árbitros do mundo".
Terceiro mandato como presidente: "Eu sabia que só podia ter mais do que um mandato se tivesse as melhores condições. Quando eu cheguei, a Liga não tinha dinheiro para pagar a água, luz ou o telefone. Foi preciso reconstruir. A Liga estava 20 anos atrasada em relação às outras, por isso era necessária a estabilidade e recuperação financeira".
Direitos audiovisuais: "Em 2015, o grande eixo passava pela centralização dos direitos audiovisuais. Só Portugal e o Chipre é que não têm um modelo centralizado. A mim preocupa-me aquilo que temos perdido no produto por não o ter centralizado. A vantagem é a qualidade do produto. Hoje já não serve os 90 minutos, o adepto quer saber o que se passa no balneário, o que se passa com os jogadores e com todos os envolvidos. Centralizar os direitos audiovisuais é algo fundamental para nós. Trabalhar para o adepto. O adepto tem de ser o nosso foco."
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Competitividade das equipas dentro e fora de Portugal: "O facto de termos três equipas, pelo terceiro ano consecutivo na Champions" deveria ter mais valor e mais pontos no coeficiente do ranking em comparação com os Países Baixos, que fazem a maioria dos pontos na Liga Europa e Liga Conferência".
Mensagem: "O futebol é feito de emoções e não estamos satisfeitos com o momento que estamos a atravessar, mas deixo esperança. O adepto é fundamental para virarmos a página. Há um conjunto de dirigentes, jogadores e adeptos novos que já não aceitam como as coisas são feitas. Nós somos uma liga com talento e marcamos o mundo pelo talento."
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