Alguns dirigentes de clubes, tanto da I como da II Liga, ouvidos no final desta Cimeira de Presidentes, sublinharam a importância da implementação da centralização dos direitos televisivos
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Pedro Proença, presidente da Liga, revelou que na Cimeira de Presidentes, realizada esta sexta-feira, a primeira da presente temporada, foi debatido o processo de centralização dos direitos audiovisuais, tendo marcado presença na reunião o presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, que partilhou o modelo usado no país vizinho.
"O processo da centralização dos direitos audiovisuais é irreversível, e os clubes ainda equacionam a antecipação da sua implementação [apontada para 2028]. Será o mercado a ditar se tal pode acontecer" disse Pedro Proença.
O dirigente relembrou que a intenção da centralização dos direitos é "reduzir a diferença entre os que mais ganham e os restantes, que atualmente está na proporção de 1 para 15", e embora ainda não detalhando o modelo a implementar, garante que o pressuposto "é manter os valores mínimos dos atuais contratos [televisivos], sendo que boa parte do incremento será para os que menos ganham".
"O modelo a seguir pode ser o da La Liga [Espanha], em que 50% das receitas é distribuída equitativamente, 25% pela performance desportiva da época anterior e os restantes 25% através dos processos de implementação das marcas dos clubes no espaço nacional", partilhou Pedro Proença.
Questionado a se a implementação do modelo de centralização implicará, ou não, uma revisão dos modelos competitivos, o líder da LPFP disse que "foi apresentando um estudo encomendado pela Liga a uma empresa, que aponta uma correlação direta entre o modelo competitivo e o valor dos direitos audiovisuais", nomeadamente que a redução de jogos poderia levar a uma redução do valor dos respetivos direitos.
"Foram apresentados cinco modelos, percebendo as implicações no aliviar do calendário, mas também percebendo a consequência no valor dos direitos audiovisuais", confirmou Pedro Proença.
Alguns dirigentes de clubes, tanto da I como da II Liga, ouvidos no final desta Cimeira de Presidentes, sublinharam a importância da implementação da centralização dos direitos televisivos para "melhorar a competitividade das sociedades desportivas e dos campeonatos".
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