Treinador conta a O JOGO que tentou “tirar o máximo de cada um” e que nunca deixou de acreditar na subida do Lourosa
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Depois de um início de época atribulado, Pedro Miguel assumiu a equipa do Lourosa em setembro e terminou com a tão desejada subida à II Liga. “O motivo principal que me levou a aceitar este desafio foi acreditar no projeto. Apesar de no início não estar a correr como desejavam, achei que era possível inverter o rumo. As pessoas também quiseram muito que eu aceitasse o convite”, recordou o treinador, que em 28 jogos ao comando do emblema de Santa Maria da Feira conseguiu um saldo de 19 vitórias, considerando que as últimas jornadas da fase regular deram um embalo importante para a equipa voltar a acreditar na subida.
“Quando conseguimos ganhar seis jogos seguidos no final da primeira fase deu-nos muita confiança para a fase de campeão. Até entrámos a perder [Sporting B], mas depois, em sete jogos, fizemos seis vitórias e um empate, o que deu para gerir a vantagem e terminar com a subida de divisão a duas jornadas do fim”, enalteceu, baseando-se em mais dados estatísticos para mostrar o percurso da equipa. “Nos últimos 11 jogos só perdemos no Varzim, totalizando oito vitórias e uma volta de 16 pontos, que nos ajudou a estar agora a festejar. Conseguimos o objetivo com brilhantismo e todo o grupo está de parabéns”, realçou.
Sobre o seu papel nesta conquista inédita, Pedro Miguel deu ênfase aos jogadores e à estrutura. “Tentei tirar o máximo de cada um em prol do coletivo, dentro da nossa ideia de jogo. Trabalhámos muito para ter este desfecho. Os jogadores foram incansáveis, assim como a nossa estrutura. Só assim seria possível”, salientou, abordando também a importância das bolas paradas ao longo da época. “É apenas uma das armas. Tentámos explorar todos os momentos do jogo para chegar ao golo e esse é um momento de muito trabalho”.
Falando sobre o futuro e a possibilidade de acompanhar a equipa nos escalões profissionais, o treinador optou por não dar pistas. “A renovação do contrato? A minha vontade é sermos campeões e oferecer esse título à massa adepta, que tanto nos apoiou. Ainda faltam duas jornadas, só depois vamos pensar o que é melhor para o Lourosa e para mim”, sublinhou. Desafiado a comentar que jogadores seriam fundamentais permanecer para a próxima época, o técnico de 57 anos também não se quis alongar, mas revelou que a Direção lusitanista já está a tratar desse dossiê. “A estrutura sabe quem não quer perder. Estão atentos e até já renovaram com alguns”, finalizou. campeão. Aí, até começou a perder, mas sempre acreditou neste desfecho.
Carreira fica marcada pelo clube da terra
Natural de Oliveira de Azeméis, Pedro Miguel orientou durante 13 épocas a União, o clube que mais lhe marcou a carreira. “Conseguimos a presença na final four da Taça da Liga como equipa da II Liga. Fui campeão do CdP e consegui a subida à II Liga, entre várias permanências”, recorda, lembrando também que em 2011/12, teve presença histórica na Taça de Portugal. “Estivemos muito perto da final, quando fomos eliminados pela Académica nas meias-finais.”