Pedro Martins avisa que há mais além do quarto lugar e garante que não sai
Pedro Martins, treinador do Vitória de Guimarães, fez a antevisão ao jogo com o Arouca.
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O treinador do Vitória de Guimarães pretende bater o máximo de 62 pontos do clube na I Liga de futebol, registo que pode igualar domingo, com um triunfo face ao Arouca, na 32.ª jornada. Os vitorianos, que somam 59 pontos e pretendem superar os 62 de 1995/96, asseguraram a quarta posição na sexta-feira, após a derrota (2-1) do Braga no terreno do Moreirense.
No domingo, o conjunto de Pedro Martins pode chegar aos 62 pontos e conseguir uma inédita sétima vitória consecutiva, algo em que a "equipa está focada". "Tem sido uma época até agora muito positiva. No entanto, queremos mais. Sabemos o quão importante é, em 95 anos de história, pormos um marco no historial deste clube. Toda a gente está muito focada em fazer o máximo de pontos na história do clube, em conquistar uma sétima vitória consecutiva, que não existe no palmarés deste clube", disse, na conferência de antevisão ao jogo com o Arouca.
Os vimaranenses vão terminar novamente o campeonato nos quatro primeiros lugares, algo que não conseguiam desde 2007/2008, quando acabaram em terceiro, e Pedro Martins considerou que o grupo conseguiu-o com "todo o mérito e toda a justiça", pela "ambição", pelo "talento", mas também pela "entrega" e "dedicação" para atingir o objetivo.
O clube minhoto assumiu a quarta posição como meta, pela voz do presidente, Júlio Mendes, após o empate caseiro com o Estoril-Praia (3-3), da 25.ª jornada, e, desde então, venceu os seis jogos seguintes na I Liga, igualando os registos de 1989/90 e 1995/96, que podem ser batidos domingo.
O timoneiro vimaranense assumiu que o clube deu ali "uma demonstração de força" para "a opinião pública" e já não pôde voltar atrás nos objetivos e disse que, no domingo, "não será feita" qualquer gestão, o que poderá acontecer nos dois restantes - Benfica e Feirense -, tendo em vista a final da Taça de Portugal, com os 'encarnados', a 28 de maio.
"Aquilo que projetámos desde segunda-feira vai continuar. Depois, vamos ver. Há aqui jogadores que revelam alguma fadiga, algum problema de ordem física, algum tipo de lesão, que têm dificuldade em fazer um trabalho de mais qualidade no campo", explicou.
Pedro Martins antecipou que o duelo com o Arouca - a seu ver uma equipa "bem organizada, com jogadores de qualidade" - não vai ter nenhum "fundamentalismo defensivo, nem resultadista", porque "quer uma, quer outra equipa estão com as suas situações definidas", num D. Afonso Henriques "cheio de gente".
O técnico salientou ainda que, "internamente", a equipa sempre ambicionou chegar aos "60 pontos" e "chegar próxima" desses lugares, tendo ainda dito que sempre acreditou numa segunda volta semelhante à primeira, em que fez 31 pontos, até porque esperava a melhoria das prestações em casa - a equipa somou 12 pontos na primeira volta e, na segunda, já leva 14, com dois jogos ainda por disputar.
"Havia aqui um senão que tivemos durante a primeira volta, que foi o fator casa. O grupo não conseguiu gerir expetativas e emoções em determinados momentos. Na segunda volta, conseguimos estabilizar a equipa para fazer a campanha em casa que melhorou significativamente", esclareceu, desmentindo as notícias que deram conta da possibilidade de mudar de ares na próxima época.
"Se queriam desestabilizar o grupo não conseguiram. Objetivo era aniquilar o quarto ou sexto lugar. Não estamos a dormir. Tenho um ano de contrato, estou bem aqui, para mim é um dado adquirido", garantiu.