Treinador guiou o Braga ao título de campeão nacional em 2013/14 e está, agora, a ter a primeira experiência num técnico de uma equipa sénior
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Pedro Duarte ficará para sempre associado a uma das maiores conquistas do Braga nas últimas épocas: o título de campeão nacional de Juniores alcançado em 2013/14. O treinador saiu dos arsenalistas em 2015/16, esteve na formação do Tianjin Teda (China) e, agora, estreou-se a ganhar ao leme do Maria da Fonte, da Séria A do Campeonato de Portugal, a primeira equipa sénior que está a orientar na carreira. "O convite surgiu de forma natural e a decisão não foi difícil de aceitar. Conhecia o plantel da observação que fazia dos jogos, o Maria da Fonte é um clube com prestígio e a ambição é tentar estabilizar no Campeonato de Portugal", afirma. A estreia ditou uma derrota, por 3-0, na casa do Trofense mas o domingo passado trouxe o primeiro triunfo da casa da temporada ante o Limianos (2-0). "Tratava-se mais de uma questão mental, A equipa já tinha estado a ganhar algumas vezes, mas acabara por perder. Esta vitória ajudou a desbloquear esse aspeto", refere.
A bagagem acumulada no trabalho com camadas jovens está a ajudar o técnico neste primeiro contacto com um plantel sénior. "Aprendi bastante na formação, mas também aprendi nos três meses que tive enquanto adjunto do Dito, no Covilhã", realça. No entanto, a realidade amadora é diferente. "Temos que preparar o treino com todo o cuidado pois alguns atletas trabalham durante o dia entre eles com empregos pesados. No entanto, todos têm demonstrado uma abertura muito grande", valoriza.
Orgulho por Tiago Sá e companhia
Tiago Sá ou Gil Dias foram alguns dos nomes com quem Pedro Duarte trabalhou na formação do Braga. O treinador fala com orgulho dos atletas que se sagraram campeões em 2013/14. "É marcante ver o Tiago Sá a impor-se no Braga. O Xadas não fez parte do plantel campeão, mas trabalhei com ele e acredito que no futuro será uma das grandes vendas do Braga. O Reko, da Académica, acabou de me mandar uma mensagem, por exemplo...", revela.
Antes do Maria da Fonte, Pedro Duarte esteve nas camadas jovens do Tianjin Teda (China). "Ainda há muito para fazer na China. Pensam muito no volume do treino e não na qualidade. Querem um volume muito grande... treinos de duas horas... Além disso, a língua, mesmo tendo um tradutor, foi uma dificuldade grande", lembra. "Mas é um mercado que se vai desenvolver com o intercâmbio que têm feito com treinadores portugueses", comenta.