Médio saiu muito mais barato do que o valor de mercado que lhe atribuem. Espanhol "só" custou 8,4 milhões de euros e aparece no sexto lugar do estudo realizado pela "Football Benchmark" sobre a última janela de negócios. Inação no golo com o Arouca valeu-lhe aviso.
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A compra de Nico González foi uma das mais avultadas do FC Porto no mercado de verão, mas o negócio com o Barcelona pode, afinal, ter sido uma verdadeira pechincha. A conclusão consta de um estudo realizado pela "Football Benchmark", organização que se dedica à recolha e análise de dados financeiros da modalidade e que esmiuçou todas as movimentações de jogadores na última janela de transferências.
Os 8,4 milhões de euros (M€) que os azuis e brancos se comprometeram a pagar aos catalães ficaram bem abaixo dos 31,4 M€ com que aquela entidade avalia o internacional sub-21 espanhol, pelo que os 23 M€ de "desconto" colocam a operação como a sexta mais rentável até 1 de setembro, data de encerramento dos principais mercados no Velho Continente.
Bellingham, por quem o Real Madrid pagou 103 M€ fixos, figura no topo da lista daquela organização, que lhe atribui uma avaliação de 152,3 M€ (ver infografia abaixo).
A "Football Benchmark" justifica a venda de Nico González abaixo do valor de mercado que lhe é atribuído com as "dificuldades financeiras" do Barcelona. O clube catalão precisava de fechar a janela com "um balanço positivo", levando à "saída de vários jogadores" em saldos. De resto, logo atrás do negócio do agora médio do FC Porto surge o de Frank Kessié, que também deixou os "blaugrana", mas para rumar ao Al Ahli, da Arábia Saudita.
Embora o preço de um jogador não interfira nas decisões de Sérgio Conceição, a verdade é que Nico González aproveitou uma série de fatores para entrar rapidamente nas opções do treinador do FC Porto. Beneficiando do momento intermitente de Grujic e da lesão de Romário Baró, o galego foi lançado às feras com o Farense, na segunda jornada da I Liga, e não mais perdeu o estatuto de titular. O encontro com o Arouca foi aquele em que jogou mais tempo (84"), até porque a chegada tardia fê-lo perder a pré-temporada, mas O JOGO sabe que a inação na jogada do golo do adversário lhe mereceu alguns reparos. Um lapso que, apesar de tudo, não deverá ter consequências de maior para o médio, que ainda está a adaptar-se à realidade do clube e à exigência de Conceição.