Avançado que teve de recorrer a um psicólogo está “numa boa fase” na Luz
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Passada a experiência de viver o primeiro clássico de águia ao peito e no qual contribuiu para a goleada (4-1) ao FC Porto, Pavlidis está de regresso aos trabalhos da seleção da Grécia, onde reconheceu estar a atravessar um grande momento. “Acredito que estou numa boa fase da minha vida e em termos futebolísticos estou no meu melhor. Sinto-me muito bem e preparado para o jogo. Está a tudo a correr muito bem com a minha família e sentimo-nos muito bem em Lisboa, tudo está a correr pelo melhor”, afirmou o jogador de 25 anos, numa entrevista ao programa helénico “Game Time”, divulgado pelo Youtube.
Este regresso ao seu país acontece depois de um jogo emotivo da sua seleção diante da Inglaterra - precisamente o próximo adversário na Liga das Nações -, em pleno Estádio de Wembley. Pavlidis bisou no 2-1 final que confirmou a primeira vitória de sempre dos helénicos sobre os ingleses na casa do adversário, mas num jogo com uma carga emocional muito elevada. Dias antes havia falecido o jogador George Baldock, grego do Panathinaikos que era também internacional pelo seu país. Notou-se, nessa partida, uma grande emoção de toda a equipa grega e o goleador nem quis falar, na altura, sobre temas relacionados com o futebol.
Passado um mês, Pavlidis revelou que esse encontro, realizado a 10 de outubro, lhe deixou marcas profundas. “Os golos em Wembley deixaram-me sem palavras, tudo nesse momento foi estranho. Tentámos jogar o melhor possível. A verdade é que na altura não te apercebes pois estás focado no jogo, mas aconteceu-me a mim depois. Quando regressei a Lisboa, precisei de ajuda. Falei com algumas pessoas do clube e com um psicólogo porque estava num momento muito difícil”, reconheceu o ponta-de-lança que, após o embate com Inglaterra, ainda defrontou a Irlanda, de novo a titular, e foi suplente utilizado já pelo Benfica, no jogo da Taça de Portugal, com o Pevidém.
Até esta fase em que, depois do embate pela Grécia, teve de procurar ajuda especializada, Pavlidis tinha dois golos e uma assistência pelos encarnados, depois juntou-lhe mais três tiros certeiros e um passe letal, além de, no último encontro, ter apertado o portista Nehuén Pérez no autogolo que este assinou no clássico. Agora volta ao contacto com a sua seleção, para novo embate com ingleses “melhor preparados”. “Se vou marcar? Sim, em casa vou marcar”, prometeu, durante uma entrevista marcada pela boa disposição do jogador, dando ideia de não ter ficado com quaisquer problemas psicológicos ou, pelo menos, de os ter já superado totalmente.
Prefere o Europeu à Champions
Durante a entrevista que concedeu, Pavlidis reconheceu que foi “um sonho” ter sido chamado à seleção grega com apenas 20 anos, mas lembra que já passou por momentos difíceis. “Quando cometes um erro que tem custos num jogo, isso dói muito. Em futebol é normal surgirem comentários negativos, é impossível evitá-los”, comentou o reforço desta época dos encarnados que foi colocado perante alguns... dilemas. Um deles foi a escolha entre ganhar o Europeu pela Grécia ou a Liga dos Campeões pelo Benfica, tendo o jogador escolhido a primeira das opções “mas por muito pouco”. Prefere Salónica a Lisboa e os adeptos gregos aos portugueses.