Declarações de Pavlidis, avançado grego do Benfica, em entrevista à Betano Mag
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Início no futebol: "Quando era criança queria fazer desporto e os meus pais levaram-me a um campo, tinha 4 ou 5 anos. Já amava o futebol e passou a fazer parte da minha vida."
Ídolo: "Quando era novo, com uns 10/11 anos, adorava o Steven Gerrard, mas depois, quando passei a jogar mais como ponta de lança, gostava do [Luis] Suárez."
Começou a formação no Bebides 2000 e terminou-a no Bochum: "Estive 12 anos nessa Academia, foi muito bom, joguei com os meus amigos, ainda tenho amigos lá. É muito bonito recordar os tempos em que lá joguei, quando era muito novo. Claro, deixar tudo para trás, a minha cidade, ir sozinho para a Alemanha, por um lado, foi difícil, mas, por outro lado, o meu sonho era jogar futebol. Foi incrível para mim e para a minha carreira ir para a Alemanha, porque era um dos principais países para jogar futebol e para melhorar as minhas qualidades."
Foi médio antes de ser avançado: "Honestamente, eu era número 8/10, depois os treinadores colocaram-me na posição de número 9, comecei a marcar golos e a mostrar as minhas qualidades. Quando tinha 16, 17, 18 anos, andava à procura da minha posição, jogava também a 10, na esquerda, na direita, a ponta de lança, em todo o lado. Aprendi muitas coisas e, no final, só queria jogar como número 9. Penso que é bom jogar em outras posições, porque se aprende muitas coisas, e não apenas a jogar como ponta de lança, mas no final das contas, jogar como avançado, a número 9, é a posição mais bonita, pois é o jogador que marca os golos."
Estreia pelo Bochum: "Foi um pouco surpreendente, pois só tinha 17 anos e não estava à espera, foi o último jogo da temporada e naquele ano era o mais novo da equipa. Treinei toda a semana com a primeira equipa e, no final, vi o meu nome nos convocados. Nem queria acreditar, foi incrível e, depois, foi só desfrutar do facto de fazer parte da equipa. Pensava que não iria jogar, mas joguei nos últimos 15 minutos, no último encontro da época, na Alemanha, na 2. Bundesliga, a segunda divisão. Foi incrível, fiquei muito grato por isso e deixei a minha família orgulhosa."
Empréstimo ao Dortmund: "Era novo, vinha de uma pequena lesão, e precisava ir para onde pudesse jogar. O Borussia Dortmund foi um clube fantástico para eu perceber o que é um clube grande e foi incrível perceber o que é um jogar num clube como o Borussia Dortmund. Estava a jogar na segunda equipa e as pessoas amam o clube. Foi muito bom jogar um ano lá, somar minutos, e foi muito importante para a minha ida para os Países Baixos, porque, se jogas pelo Dortmund, todos vão olhar para ti."
Destacou-se no Willem II: "Havia três boas equipas nessa temporada e o Willem II foi muito importante para a minha carreira. Continuava a procurar a minha posição em campo, naquela altura ainda não era número 9, mas para mim foi incrível, apesar de uma pequena lesão, estar num clube da Eredivisie [I Liga neerlandesa], jogar e marcar golos na Liga, disputar a final da Taça, jogar nas competições europeias, foi incrível e foram verdadeiramente os meus primeiros anos relevantes no futebol profissional."
Marcou 80 golos pelo AZ Alkmaar: "Sim, estava a pensar qual seria o próximo passo na minha carreira e o AZ Alkmaar foi um projeto fantástico para mim. Falei com as pessoas de lá antes de tomar a decisão e senti-me muito confortável, foi incrível. Tive algumas dificuldades nos primeiros jogos, mas depois adaptei-me, e correu tudo bem. Jogar nas competições europeias todos os anos, estar no topo da Liga todos os anos, estive quase a ganhar uma Taça com eles, mas perdemos duas vezes nas meias-finais, ainda assim, consegui estar no topo do futebol europeu e dos Países Baixos, é um clube que nunca esquecerei. É muito especial ver os meus números lá, fui muito feliz com todas as pessoas, fiz amigos lá, com os quais manterei contacto mesmo daqui a dez anos. Quando terminar a minha carreira certamente voltarei lá e estão sempre convidados para a minha casa na Grécia."