Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, esteve esta noite no Porto Canal para comentar a decisão do dia relativamente ao processo E-Toupeira.
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Tempo para a justiça desportiva: "O Paulo Gonçalves trabalhava para o Benfica, era o braço direito de Luís Filipe Vieira. Não trabalhava para o Carcavelinhos, para o FC Porto ou para o Fornos de Algodres. Estamos perante uma situação muito clara e que importa ter noção: há uma acusação de corrupção que vai chegar a julgamento. Isso é indesmentível e, por mais voltas que se dê, não se consegue fugir a isto. Chegou o tempo da justiça desportiva agir, porque há uma acusação de corrupção sobre um dirigente desportivo à data dos factos.
Paulo Gonçalves dirigente: "O Paulo Gonçalves era dirigente desportivo e, quanto a isso, não pode haver dúvida absolutamente nenhuma. O melhor exemplo disso é que o CD da FPF tem, repetidamente, considerado que sou dirigente desportivo enquanto diretor de Comunicação do FC Porto. E é à custa disso, que me castiga muitas vezes por declarações que faça. Ora, o Paulo Gonçalves, que estava presente nas reuniões da Liga, seguramente que é facilmente comprovável que era dirigente desportivo. Chegou a altura da justiça desportiva se envolver neste caso. Temos um dirigente desportivo acusado de corrupção. Isso tem ou não consequências a nível desportivo? Como leigo, parece-me evidente que sim."
Recursos: "Em relação ao resto, não sabemos sequer se o jogo já acabou, porque o Ministério Público pode ainda recorrer. O mais normal é que o faça, porque é o que normalmente acontece quando as acusações não têm total provimento do juiz de instrução, mas não sabemos se o vai fazer. Pode acontecer que outras partes queiram recorrer e o Sporting já fez um comunicado a dizer que, provavelmente, irá recorrer."