Eurico Miranda difere do "vice" no valor da cláusula de rescisão, que subiu após um acordo para o aumento do salário do jovem que o FC Porto tem referenciado. Mas nenhum deles fecha a porta à saída do atleta.
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No meio do turbilhão de notícias, mais ou menos polémicas, que envolvem o Vasco da Gama por estes dias, sobra uma conclusão: o clube do Rio de Janeiro está disponível para negociar Paulinho, o atacante referenciado pelo FC Porto desde o Mundial de sub-17. A abertura é válida, pelo menos, enquanto Eurico Miranda continuar como presidente (mandato acaba na terça). A revelação foi efetuada pelo próprio, que até desafiou o jornalista que tocou no assunto a avançar com uma proposta. "Se tiver uma, traz que também negoceio. Se for vantajosa para o Vasco...", referiu o líder vascaíno, que procura financiamento para "honrar com os compromissos do Vasco e com as folhas de pagamento". Por isso, até admitiu vender o jovem de 17 anos por valores inferiores aos da cláusula de rescisão. "Sempre tive disponibilidade para ouvir [propostas]. O Paulinho tem uma multa rescisória do tamanho de um bonde [elétrico]. É para cima de 50 milhões de euros. Isso não quer dizer que não o negoceie por cinco, mas, como não sou idiota, não o negoceio por cinco", avisou.
"Se tiver uma [proposta], traz que também negoceio. Se for vantajosa para o Vasco..."
A incerteza de Eurico Miranda em relação ao valor exato da cláusula também foi partilhada pelo vice-presidente, Eurico Brandão, embora os números avançados por este tenham sido ligeiramente inferiores. "Não sei se são 40 ou 50 milhões. Mas o problema era a cláusula nacional, que era muito baixa. Como ele só podia sair dentro de seis meses, qualquer clube o podia comprar e depois vender. A "multa" passou para os 140 e muitos milhões de reais [cerca de 35 milhões de euros]. Para fora a "multa" era de 20 milhões de euros", informou "Euriquinho", como também é conhecido, revelando que este aumento se deveu à "assinatura de um aditivo de salário" realizado nos últimos dias. Mesmo assim, também não fechou totalmente a porta à saída. "O Paulinho optou pelo compromisso que tinha connosco, que passa por nos dar uma boa compensação financeira caso saia do clube, em forma de agradecimento por tudo o que o clube fez por ele", rematou.