O novo guarda-redes dos dragões venceu três dos seis "Superclássicos" que disputou, empatou dois e só perdeu um (batido de penálti). Mexicanos vibraram com as defesas contra o Gil Vicente e o V. Setúbal
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A passagem de testemunho entre Casillas e Marchesín tem tudo para ser tranquila também ao nível dos clássicos.
Gudiño (Chivas) defrontou o argentino no jogo que pára o México e antecipa sucesso idêntico com o Benfica
Se o espanhol chegou ao FC Porto com uma bagagem carregada de jogos entre o Real Madrid e o Barcelona, o argentino exibe uma vasta experiência no encontro que faz parar o México: o América-Chivas. O novo guarda-redes do FC Porto defrontou por seis ocasiões a equipa de Guadalajara e apresenta um saldo de uma derrota, dois empates e três vitórias.
Na mais recente (2-0), em março, apanhou pela frente Raúl Gudiño, que conhece bem a rivalidade que os dragões têm com o Benfica e não tem dúvidas em antecipar uma boa exibição do ex-rival.
"Marchesín dá sempre a ideia de uma grande tranquilidade, até nos jogos grandes. Nota-se que desfruta dos clássicos"
"O Marchesín está talhado para os clássicos. Contra nós [Chivas] fez sempre defesas importantes, que acabaram por ter influência no resultado final. Por isso, os portistas só podem esperar coisas boas dele no sábado", perspetiva a O JOGO o internacional mexicano, que passou pelos azuis e brancos entre 2014 e 2017.
No México, como em Portugal, a visão dos jogadores de um clássico não muda um milímetro. "Não importa quem está em primeiro, em segundo ou em último. As duas equipas dão tudo", vinca Gudiño. Mas as cargas psicológicas desses grandes jogos importantes não perturbaram Marchesín.
"Ele vive o futebol de forma intensa, mas é um guarda-redes com muita experiência e muitas qualidades. Dá sempre a ideia de uma grande tranquilidade, até nos jogos grandes. Nota-se que desfruta dos clássicos", indica o guardião de 23 anos, que perdeu dois dos três "Superclássicos" em que defrontou Marche (no outro empatou).
Marche ainda só fez quatro jogos de azul e branco, mas Gudiño está convencido de que "foram suficientes para os adeptos do FC Porto perceberem a sua qualidade". "Não dá nenhuma bola por perdida; disputa todas até que a jogada esteja resolvida" disputa todas até que a jogada esteja resolvida", enaltece o mexicano, que até olhava com alguma admiração para o antigo adversário, considerado pela Imprensa local como o melhor guarda-redes do campeonato daquele país.
Raúl Gudiño esteve ligado ao FC Porto entre 2014 e 2017. Agora joga no grande rival do América, o Chivas
"Foi uma das coisas que tentei retirar dele. Dar tudo, fazer as coisas o mais simples possível e desfrutar deste tipo de jogos [clássicos]", aponta o ex-portista, que espera ver o Benfica-FC Porto de sábado. "Como só tenho jogo no domingo, vou tentar ver enquanto almoço", antecipa, fazendo contas à diferença horária. "Espero que o FC Porto vença, porque ainda tenho muitos amigos no clube", acrescenta.
O que Raúl Gudiño, e praticamente todo o México, já viu foram as defesas que Marchesín efetuou nos primeiros jogos pelos dragões. A "dupla defesa" com o Gil Vicente e com o V. Setúbal impressionaram muitos adeptos por cá, espalharam-se rapidamente pela internet e fizeram vibrar muitos mexicanos.
"É algo que costumava fazer aqui [no México]. É mais uma prova da qualidade dele" assevera o guardião do Chivas. "Acredito que vai continuar a fazer estas defesas quase impossíveis. Isto é só o começo de uma grande carreira no Porto. Podem crer que vai alcançar muito sucesso e deixar os adeptos encantados", remata.