"Passei tempos muitos difíceis. Estava de rastos e pensei em desistir do futebol"
Liga Revelação - Gonçalo Santos, 18 anos, admite ter vivido momentos difíceis na formação e diz sentir-se "muito grato" aos leixonenses, que lhe deram a mão quando mais precisava.
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Gonçalo Santos, 18 anos, é agora uma das maiores promessas do futebol português, mas já atravessou um momento difícil, quando tinha apenas 16 anos, que podia ter mudado tudo.
O extremo, que atua nos sub-23 e treina com a equipa principal leixonense, iniciou a carreira no FC Porto, onde passou oito anos antes de se mudar para o Rio Ave. A falta de oportunidades em Vila do Conde levou o jovem, então ansioso por comprovar o valor, a perder a fé e a quase deixar tudo para trás. "Estávamos em plena pandemia e tinha acabado de chegar ao Rio Ave. As coisas não aconteceram como esperava. Passei tempos muitos difíceis. Estava de rastos e pensei em desistir do futebol", conta Gonçalo a O JOGO, lembrando o papel fundamental do Leixões para lhe devolver o ânimo. "Estou mesmo muito grato a este clube. Não nasci leixonense, mas vou morrer leixonense. Abriu-me a porta e deu-me a mão quando mais precisava, e isso marcará para sempre."
E depois da tempestade veio a bonança. Na primeira temporada com a camisola dos bebés, ao serviço dos sub-19, Gonçalo exibiu-se ao mais alto nível, o que lhe valeu uma chamada "inesperada" à Seleção sub-18 e permitiu-lhe assinar contrato profissional com o clube até 2025. Esta época, o promissor extremo está nos sub-23 e, apesar de o arranque da turma leixonense estar longe de ser o ideal, somando uma vitória em cinco jogos, acredita que o grupo irá dar a volta à situação. "Estamos numa maré de azar e por vezes não é fácil contrariar isso. Porém, queremos passar à fase seguinte e disputara fase de campeão. Temos muita qualidade e vamos trabalhar para mostrar que temos capacidade para mais", assume.
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