Central chegou ao Braga em 2013 e está blindado por uma cláusula de 10 milhões de euros. Já representou FC Porto, Santa Clara, V. Setúbal, Portimonense, Olhanense e Panathinaikos.
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A dupla mágica de centrais do Braga desfez-se. Partiu Santos, rumo ao Valência, mas continua André Pinto. Mais motivado do que nunca, o defesa português de 25 anos atingiu o topo da hierarquia arsenalista ao assumir a braçadeira de capitão.
Há um ano era uma opção de recurso para compensar o súbito empréstimo de Wallace ao Mónaco em cima do fecho do mercado de verão, agora é uma peça imprescindível na defesa. Projetava atingir um nível tão elevado?
-O futebol é fértil em mudanças. Sempre tive consciência da minha qualidade e, por isso, nunca me vi como uma opção de recurso. Compreendo, porém, que nessa altura muitas pessoas olhassem para mim com dúvidas. Estava ainda a pagar a fatura de ter saído muito novo para um campeonato (Grécia) com pouca exposição. A minha postura, de resto, sempre foi a mesma: dar o melhor em campo.
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O Atalanta (Itália) avançou no fim de agosto com uma proposta para comprar o seu passe, mas a SAD do Braga recusou. Ficou desiludido?
-Isso faz parte da vida de um profissional de futebol. É um estímulo ver o meu trabalho reconhecido. A recusa do Braga foi uma decisão de gestão que só me dá confiança. Foi isso que senti também quando me foi atribuído o cargo de capitão. Continuo feliz e focado no clube.
É o único central dos juniores do FC Porto de 2006/07 a jogar na I Liga. Acha que isso poderá proporcionar-lhe um regresso pela porta grande?
-Só penso no Braga, porque me projetou para um patamar relevante no futebol português, e em trabalhar bem. O FC Porto diz-me muito, foi onde me formei e os seus profissionais merecem todo o meu respeito. Regressar não me passa sequer pela cabeça.
Chegou a trabalhar com Bruno Alves, Pedro Emanuel, Rolando e Maicon. Com qual aprendeu mais?
-O Bruno Alves e o Pedro Emanuel eram referências. O Bruno estava no auge da carreira; o Pedro já era um senhor na defesa. Aprendi algumas coisas com eles. Em miúdo, apreciava muito a forma de jogar do Aloísio.
Como foi a experiência de envergar, pela primeira vez, a braçadeira de capitão no jogo com o Boavista?
-Um orgulho. Representa algo de especial para qualquer jogador. É uma responsabilidade grande. Passei a ser um dos líderes da equipa e, obviamente, foi um orgulho enorme assumir a braçadeira.
Essa responsabilidade tirou-lhe algumas horas de sono?
-Até dormi muito bem (risos). Esta época já fazia parte do lote dos capitães; simplesmente fui o capitão porque o Alan não alinhou de início no jogo. Valeu pelo simbolismo.
Ficou tudo decidido em cima da hora ou fora previamente avisado?
-Fui informado logo no começo da época que seria um dos capitães da equipa. Como o Alan não iria jogar de início e também faltava o Santos (transferido para o Valência), que era o anterior capitão, coube-me a mim assumir a braçadeira. Resolveu-se essa questão de uma forma muito natural, sem necessidade de conversas.
Teve saudades de Santos durante o jogo?
-Os bons colegas deixam sempre saudades. Formávamos uma excelente dupla e, por isso, vou recordar-me dele muitas vezes. Juntos fizemos vários jogos muito bons. O marco dele não deve ser apagado. Fez um trabalho espetacular neste clube e todos os bracarenses vão lembrar-se sempre dele como sendo um excelente profissional. Desejo-lhe a melhor sorte. A vida, de resto, continua. Estão cá outros para jogar. Contra o Boavista, foi o Boly a formar dupla comigo e teve um desempenho fantástico.