Miguel Brás da Cunha, advogado e membro do Conselho Superior do FC Porto, responde a três perguntas do nosso jornal sobre o momento da equipa e sobre o treinador Martín Anselmi
Corpo do artigo
INQUÉRITO
1 - A derrota em Braga colocou um ponto final nas aspirações do FC Porto para esta época?
No FC Porto nunca se deve dar por perdido o que não está objetivamente perdido. Dito isto, a distância para o primeiro é grande e muito dificilmente o objetivo principal será alcançado, o que faz com que a época seja má. A carreira na Taça de Portugal foi péssima e na Liga Europa francamente má.
2 - Como se explica que a equipa, a perder, não tenha feito um remate à baliza na segunda parte?
O que se tem visto ao longo da época tem sido a incapacidade da equipa para reagir à adversidade. São raras as situações em que consegue dar a volta ou até criar situações de golo. Para um adepto é muito preocupante.
3 - Anselmi continua a ser a solução? Deve mudar o sistema tático?
Estar constantemente a alterar o rumo da equipa não é um bom caminho. A mudança de Vítor Bruno para Anslemi não foi só uma mudança de treinador, implicou mudar a ideia de jogo. Não me parece que uma nova mudança seja o caminho. O treinador tem é de perceber o contexto em que está, ou que alguém o ajude a perceber. E parece-me que essa ajuda está a falhar.