Declarações de Noronha Lopes, candidato derrotado nas últimas eleições do Benfica, à TVI.
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Rui Costa na presidência: "É o momento mais negro da história, temos de estar unidos na exigência para o Benfica e para os nossos dirigentes. O fim de Vieira é o fim de um ciclo. A mudança tem de ir além dos arguidos. Para mim, Rui Costa não tem condições para ser presidente. Isto foi referido pelo presidente da mesa que saiu em litígio [Rui Pereira]. Não há legitimidade moral e ética nesta Direção para assumir a presidência."
Eleições e gestão: "Este ciclo de Vieira têm várias pessoas presentes e não devem iniciar este ciclo desta forma. Devem ir a eleições e serem sufragados. Temos duas situações: situação corrente do clube e a mais duradoura. Espera-se que no curto prazo o clube seja gerido de modo responsável. Não se pode sair no meio do empréstimo obrigacionista e a nova época deve ser preparada. Tudo deve ser assegurado agora, a formação, a época de futebol e as modalidades. Naturalmente, as sociedades têm de ser geridas no imediato. É importante que o empréstimo corra bem e que sejam dadas garantias de estabilidade a investidores e aos funcionários do clube."
Rui Costa de novo: "A proteção dos interesses do Benfica é muito importante. Não a podemos sacrificar porque não sabemos quanto tempo dura este mandato. Tem de haver alguém que assuma os destinos do clube, mas quem esteve com Vieira nas Direções da SAD e órgãos sociais não pode ser presidente sem ir a votos."
Fala em liderança enfraquecida: "Não podemos ter um presidente enfraquecido, nem um presidente que se esconde atrás do Benfica. Não podemos ter um presidente não eleito. Deve ser fechado o empréstimo, completada a preparação das épocas desportivas, ganhar mais do que no ano passado e que eleições antecipadas sejam marcadas rapidamente. Ainda este ano, claro. O presidente não defendeu o Benfica, não abriu a boca, defendeu os seus interesses apenas. Não podemos estar fracos perante os nossos adversários. Proponho uma gestão corrente para proteger os interesses do Benfica e que sejam marcadas eleições no prazo mais rápido possível. É muito importante que qualquer ato eleitoral decorra de modo diferente: nenhum candidato pode ser confrontado com o que eu fui."