Pai de Rodrigo Ribeiro não meteu cunha: viagem às origens do avançado do Sporting
Avançado foi descoberto por olheiros do Sporting na academia que o progenitor dirigia. Ninguém sabia da ligação. O JOGO desvenda-lhe os caminhos da nova aposta da formação leonina, que está em Alcochete desde os 12 anos e que só por uma vez teve de ser apertado por mau comportamento na escola.
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Rodrigo Ribeiro já se tinha estreado na Liga dos Campeões com 16 anos e, no domingo, foi a jogo em Alvalade pela primeira vez, poucos dias depois de celebrar os 17.
O JOGO foi às origens do atleta, que fará parte da equipa principal na próxima época, e descobriu que o seu trajeto desportivo começou sem a influência direta dos pais, ambos professores de Educação Física. O avançado foi criado numa família cujo hábito do desporto foi sempre uma constante. O pai, Alexandre Ribeiro, coordenava a escola Perspetiva em Jogo, uma instituição que fazia parte da rede de Escolas Academia Sporting espalhadas pelo país e que, portanto, sinalizava os melhores talentos de Viana do Castelo aos leões.
No entanto, na lista dos mais habilidosos, Alexandre, que foi posteriormente técnico do Braga B, não colocou o nome do próprio filho, zelando pela imparcialidade do processo de escolha. Os olheiros que assistiram ao desempenho do franzino miúdo não tiveram dúvidas e rapidamente o incluíram na lista de jovens que vinha a Lisboa fazer torneios regulares. Isto aos 8 anos. E ficaram boquiabertos quando souberam que este era filho de Alexandre.
O crescimento do atleta, que era médio centro, manteve-se e, aos 12 anos, incluído na equipa de sub-13, mudou-se de Viana do Castelo para Alcochete. Os pais apoiaram a decisão, trouxeram os dois irmãos mais novos de Rodrigo a ver alguns jogos do jovem aos fins de semana, mas impuseram que o filho mais velho fosse impecável na escola para continuar em Alcochete.
Quando aos 14 anos, já como extremo, Rodrigo Ribeiro teve o único momento mais desviante, com mau comportamento na escola, os pais voltaram a relembrá-lo de que tinha de fazer valer o tempo que estava em Alcochete. Desde aí que o foco de Rodrigo Ribeiro é claro: corresponder com boas notas e desenvolver-se em campo.
Apoiado pelo gabinete de psicologia do Sporting, que tem cuidados especiais com os jovens que têm a família mais longe de casa, a palavra desistir nunca morou no dicionário do jovem de Viana do Castelo, conhecido e protegido por todos os que trabalham em Alcochete, e que se habituou de perto a a apanhar bolas e a ver os escalões mais velhos.
Hoje é avançado, tem contrato até 2024, mais uma época de opção, e é a maior esperança da formação verde e branca de momento. Tal como Dário Essugo, está pré-convocado para o Europeu de sub-17 e junta-se ao estágio após o Portimonense. Deverá ter nova oportunidade diante dos algarvios.