Paços visa alegados insultos racistas a Tanque: "Não podem ter lugar no futebol"
Episódio, participado pelos responsáveis pacenses aos delegados da Liga presentes no estádio do Vizela, teve como alvo o avançado brasileiro. Autor foi identificado e retirado
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O Paços de Ferreira condenou, esta segunda-feira, um alegado incidente racista ocorrido no estádio do Vizela, durante o jogo da sexta jornada da Liga Bwin, protagonizado por um adepto de identidade desconhecida contra o pacense Tanque.
"O Paços (...) condena veemente o comportamento ocorrido ontem no Estádio do FC Vizela contra o nosso atleta Douglas Tanque, reforçando que este tipo de atitudes não podem ter lugar no desporto nem em qualquer outro contexto", refere o clube.
Na nota pacense, publicada no Facebook, é salientado, pese o ocorrido, que "o ato perpetrado por uma única pessoa em nada representa o Vizela e os seus adeptos" e que o emblema minhoto foi "irrepreensível" na receção à comitiva pacense.
Esse tal indivíduo foi, no passado domingo, retirado da bancada central do estádio do Vizela pela polícia, durante o jogo entre a equipa local e o Paços de Ferreira, por ter alegadamente dirigido insultos racistas ao avançado Tanque.
Segundo relato de fonte do Paços de Ferreira, o homem apelidou o avançado brasileiro do Paços de Ferreira de "macaco", no momento em que este se preparava para entrar em campo na segunda parte (80 minutos), a partir do banco de suplentes.
O adepto repreendido, situado na bancada central do estádio do Vizela, foi depois identificado "com a ajuda de Tanque" por agentes da Guarda Nacional Republicana, que o retirou daquela zona e dirigiu-o para o exterior, não tendo sido, refira-se, detido.
A mesma fonte afeta ao Paços de Ferreira indicou que o alegado episódio de discriminação, que deixou Douglas Tanque visivelmente agastado no final do jogo, foi participado aos dois delegados da Liga Portugal presentes no estádio.