"Os políticos podem receber convites, mas o senhor José Augusto Silva não pode?"
Paulo Gomes, advogado de José Augusto Silva, arguido no processo E-Toupeira, pronunciou-se sobre a entrega de convites a funcionários judiciais por parte de Paulo Gonçalves.
Corpo do artigo
O Ministério Público pediu esta segunda-feira que o processo E-Toupeira siga para julgamento "nos exatos termos da acusação", reiterando que Luís Filipe Vieira tinha conhecimento das contrapartidas entregues por Paulo Gonçalves aos funcionários judiciais, a troco de informações sobre inquéritos.
No debate instrutório, que decorre no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), Paulo Gomes, advogado de José Augusto Silva - um dos funcionários judiciais arguidos no processo -, referiu que "não há um elemento concreto que prove que os convites sejam pagamento do que for".
"O que tem de diferente do caso [Mário] Centeno? Os políticos podem receber convites para qualquer estádio mas o senhor José Augusto Silva, visita de casa [de Paulo Gonçalves] não pode receber convites. Não é por entregar um documento que se pode concluir que todos os acessos tiveram em vista um crime de corrupção", alegou Paulo Gomes, na audiência.