O candidato da lista B à presidência do Belenenses está em conversações avançadas com um grupo norte-americano para criar uma arena multiusos no local onde está o estágio.
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Candidato da lista B às eleições do Belenenses, agendadas para sábado, Carlos Canhoto Fernandes deu uma entrevista publicada esta quinta-feira em O JOGO, no qual falou sobre as suas ideias para o clube.
Sobre a reformulação do Complexo do Restelo, o economista, de 55 anos, garante que vai cumprir os contratos já em vigor, nomeadamente a parcela do Lidl, mas tem planos diferentes da atual Direção, liderada por Patrick Morais de Carvalho. O candidato da lista B está em conversações avançadas com um grupo norte-americano para a criação de uma arena multiusos na zona onde está o estádio, um projeto que "valoriza o PIP já aprovado na Câmara de Lisboa".
O plano passa pela construção de uma arena, que, além de receber os jogos do Belenenses, possa também acolher espetáculos em períodos de inatividade desportiva. "A atual Direção ainda não pensou que, se subirmos à Liga em breve, vamos precisar de uma almofada financeira de 3,5 a 4 milhões de euros. É isso que vamos proporcionar ao clube", avança Carlos Canhoto Fernandes.
A Arena contempla uma cobertura, que pode ser aberta, bancadas modulares e uma capacidade mínima de cinco mil pessoas e máxima de 20 mil, podendo ser aumentada em casos de concertos. O projeto contempla ainda pavilhão para modalidades, serviços para o clube, museu, piscina, espaço para comércio, salas para eventos, espaço para congressos e um hotel, tudo integrado numa Arena sustentável em termos ambientais.
Este projeto também possibilita a venda "naming rights" do estádio. ""Pode ser outra forma de gerar receitas. Claro que não sugeria isso se o atual recinto tivesse o nome de uma lenda
belenense", refere o candidato.
Com um complexo renovado, o economista acredita que o Belenenses vai ter mais oportunidades de ser competitivo em várias modalidades. "Os sócios têm de perceber que somos um clube de competição. Temos de ser ambiciosos e quem vestir a camisola tem de a sentir", aponta Carlos Canhoto Fernandes, apontando um desporto muito específico. "Revejo-me muito no andebol, que é bem gerido pelo clube e no qual os atletas sentem a camisola. Gostava de ver este exemplo replicado para outras modalidades. O râguebi, apesar de funcionar de forma autónoma, também tem um modelo muito bem-criado."
Um projeto para ajudar a recuperar os sócios
Com melhores infraestruturas desportivas, Carlos Canhoto Fernandes acredita que o clube pode angariar mais sócios, principalmente com a criação de um novo complexo de piscinas. "O Belenenses tinha muitos sócios quando tinham as piscinas, agora temos de criar condições para que voltem a ser associados", realçou o candidato.
Em setembro, o número de sócios pagantes era 1900 e o candidato "acredita que nos próximos três anos o clube pode chegar aos 5000 mil associados".
Durante a campanha, o candidato usou a rede multibanco para divulgar a sua lista, uma estratégia que, caso seja eleito, pretende utilizar para angariar novos associados e divulgar atividades do clube. "Foi posta publicidade em multibancos específicos onde há muitos belenenses. Até fui elogiado por membros de outras listas, porque é algo inovador. Outra possibilidade no futuro é fazer spots de rádio, porque não é caro e passa bem a mensagem", perspetiva Carlos Canhoto Fernandes.