Conversas com Fernando Mendes e Mustafá foram fundamentais na investigação do Ministério Público.
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Dois telefonemas realizados por Bruno de Carvalho na altura do ataque à Academia de Alcochete foram fundamentais na investigação do Ministério Público, que culminaram na detenção do ex-presidente do Sporting.
De acordo com o Correio da Manhã, o primeiro telefonema aconteceu a 13 de maio, imediatamente após a derrota do Sporting frente ao Marítimo na Madeira. Em conversa com Fernando Mendes, antigo líder da Juventude Leonina, Bruno de Carvalho terá dado luz verde para o ataque na Academia, tendo dito "caiam em cima deles". Recorde-se que depois de os jogadores terem sido confrontados por alguns elementos da claque no aeroporto da Madeira, os então capitães da equipa, Rui Patrício e William Carvalho, foram ameaçados na garagem de Alcochete por membros da Juve Leo.
O outro telefonema aconteceu a 15 de maio, dia dos ataques à Academia de Alcochete. Horas depois do sucedido, Bruno de Carvalho repudiou publicamente o ataque da claque Juve Leo, considerando-o "hediondo". O ex-presidente do Sporting acabou por cortar relações com a claque, decisão que não agradou a Mustafá. O líder da claque terá acabado por telefonar a Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos e peça chave na investigação do Ministério Público, dizendo-lhe que o repudio "tinha sido uma encenação" e que tudo tinha sido combinado "no domingo anterior".