Grujic acredita que o FC Porto quis mais do que o Benfica, Toni Martínez sublinha o conhecimento sobre o adversário, Taremi fala de força mental e Zaidu aponta a ganhar tudo. Um exclusivo de O JOGO, a não perder.
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Sérgio Conceição e, depois, Pepe sublinharam a importância da conquista da Supertaça, sobretudo na perspetiva dos novatos no clube, aqueles que se estrearam em conquistas de azul e branco. Sem que o papel de Cláudio Ramos, Carraça, Nanu, Sarr, Felipe Anderson e Evanílson seja menorizado, a verdade é que o troféu foi importante essencialmente para Zaidu, Taremi, Toni Martínez e Grujic, as quatro caras novas de 2020/21 que constaram da ficha de jogo com o Benfica e participaram dele.
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Os dois primeiros como titulares, os dois seguintes na condição de suplentes utilizados. Foi com eles que O JOGO conversou no sentido de perceber as emoções da primeira vez e, já agora, as sensações sobre o jogo e a festa. Em comum, ou quase, duas ideias: os jogadores de campo sentiram-se em casa, graças ao barulho que a comitiva que ficou de fora fazia nas bancadas vazias e a fome de vencer do portistas foi superior à dos encarnados. Mas há mais explicações para o sucesso da equipa.
Zaidu foi um dos centros da festa. O nigeriano já se tornou viral por não largar a taça num vídeo realizado no balneário, e que o FC Porto partilhou nas redes sociais. Ainda no relvado, tirou fotografias com Sérgio Conceição, Pinto da Costa e foi ao centro da roda para discursar como exemplo de um novato em conquistas. Aliás, não haveria outro exemplo melhor. Grujic já ganhou um Mundial de Sub-20, em 2015, pela Sérvia. Taremi foi duas vezes campeão iraniano (2016/17 e 2017/18) pelo Persepolis e Toni Martínez ganhou a Premier League 2 (campeonato de Sub-23) pelo West Ham. Zaidu nunca tinha ganho qualquer troféu, nem mais nem menos importante. "Sinto-me muito bem e abençoado pelo meu primeiro troféu com o FC Porto, e é sempre muito bom vencer um rival histórico. A chave do sucesso é que temos lutado e treinado muito e temos fome de ganhar tudo", destacou o nigeriano.
Zaidu, Taremi, Martínez e Grujic já sabem como é festejar no FC Porto e destacaram o ambiente criado por quem ficou de fora
Toni Martínez entrou mais perto do fim e esteve no início da jogada do 2-0, que Díaz acabaria por fazer após assistência de Corona: "Todos os companheiros fizeram um grande trabalho e quem entrou ajudou. Viu-se no último golo, a jogada do Luis. O segredo foi esse. Parecia que estávamos a jogar com adeptos, porque quem estava de fora, mesmo os lesionados, puderam apoiar a equipa. Isso diz muito da família Porto, dos valores que se incutem aos jogadores."
Marko Grujic partilha da ideia do espanhol: "Como nos disse o treinador no final do jogo, queríamos, mais do que eles, ganhar. O banco, o staff, as pessoas que trabalham no clube deram uma grande atmosfera de apoio. Conseguíamos sentir isso em campo, no banco, no estádio. Toda a gente queria muito ganhar. Por isso estamos tão felizes. É só início da época, mas já ganhámos um troféu, e é só outra razão para trabalhar ainda mais, para ganhar outros troféus."
Já Taremi foi mais comedido, mas também falou da questão da mentalidade. "Estamos todos a trabalhar para o mesmo objetivo. O nosso foco é jogar bem, uns para os outros, e ter a chance de vencer todos os jogos. Uma ótima atmosfera cria em toda a equipa uma força mental que não deve ser subestimada", vincou.
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