Avançado trocou o Braga pelo FC Porto em 2009, num negócio de três milhões de euros
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Braga e FC Porto encontram-se esta noite, a partir das 20h30, para o jogo grande da 25.ª jornada da I Liga. Separados por três pontos e envolvidos neste momento numa intensa luta pelo terceiro lugar - sem deixarem de olhar para os resultados de Sporting e Benfica -, os dois clubes têm vindo a protagonizar neste século uma crescente rivalidade, muito por força do crescimento do clube minhoto. A final da Liga Europa, em 2010/11, que os dragões venceram, será o mais mediático momento desse “confronto”, mas há também pontos que unem guerreiros e dragões.
A começar por uma vasta lista de jogadores que na sua carreira representaram os dois clubes, com muitos deles a serem atores de transferências diretas, com destaque para a milionária passagem de David Carmo da Cidade dos Arcebispos para a Invicta ou o recente empréstimo de Fran Navarro, que em janeiro deixou o Dragão para rumar à Pedreira. A atual luta pelo pódio é, apenas, o mais novo episódio entre duas equipas.
Orlando Sá não se esquece do apoio que teve quando chegou, lesionado, ao FC Porto.
Qual das equipas chega em melhores condições para este jogo?
-As equipas chegam em condições muito iguais. O Braga neste momento é uma equipa mais consolidada no entrosamento e o FC Porto ainda uma equipa em reestruturação com a chegada do novo treinador. No entanto, e analisando os últimos cinco jogos para o campeonato, o Braga fez dez pontos e o FC Porto fez nove. Contudo, o Braga vem de uma derrota e o FC Porto com Anselmi ainda não perdeu na liga. Por isso, acho que vai ser um jogo muito interessante, aberto e que qualquer equipa estará sempre próxima de vencer durante os 90 minutos.
Qual foi a grande diferença que encontrou entre o Braga e o FC Porto?
-É um orgulho ter representado dois grandes clubes em Portugal, um na altura ainda em expansão e a tornar-se naquilo que é hoje e um FC Porto já grande no seu todo. A grande diferença foi perceber de perto a mística que é inerente ao FC Porto e à cidade.
“Na altura da operação, uma das visitas que tive foi a do presidente Pinto da Costa ”
A nível pessoal que impacto teve na sua carreira?
-Tento sempre ver as coisas pelo lado mais positivo. Assim sendo, a nível pessoal foi muito bom, guardo o revés de ter chegado ao clube lesionado, mas ainda assim consegui ser chamado à Seleção Nacional e ter representado o nosso país ao mais alto nível junto de alguns dos melhores jogadores de sempre do nosso país. Fui presidido por grandes dirigentes, como António Salvador e Pinto da Costa. Quando estava no Braga, a transferência para a minha ida para o FC Porto ficou concluída muito antes do término dessa temporada e no decorrer da mesma tive uma lesão grave no joelho, o que poderia impedir o negócio. No entanto, a transferência nunca caiu. Além disso, na altura da operação uma das visitas que tive foi a de Pinto da Costa, ainda no hospital. Daí me ter apercebido da grandeza do homem e desde já também lhe presto a minha homenagem.