Operação Pretoriano: interrogatório recomeça após novas provas apreendidas em telemóveis
Diligências estiveram interrompidas depois de novas provas apreendidas em telemóveis
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O interrogatório aos arguidos da Operação Pretoriano recomeça na tarde deste sábado, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto. Vítor Manuel Oliveira, conhecido pela alcunha de Aleixo, é o primeiro a ser ouvido, faltando Vítor Catão e Fernando Madureira.
As transcrições dos telemóveis de alguns dos 12 detidos da Operação Pretoriano foram adicionadas ao processo, entendendo o Ministério Público que consolida a tese que defende. O juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira tinha chamado os advogados de todos os arguidos ao tribunal antes das 12h30, depois de ter analisado o relatório do conteúdo presente em alguns telemóveis apreendidos durante as buscas, remetendo esses meios de prova para o procurador do Ministério Público.
Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.
De acordo com documentos judiciais, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” azul e branca.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.