António Moreira de Sá e Tiago Aguiar chegaram perto das 09h20
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Pouco faltava para as 09h20 desta sexta-feira, quando António Moreira de Sá e Tiago Aguair chegaram ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto para serem ouvidos.
O primeiro interrogatório judicial aos 12 detidos no âmbito da Operação Pretoriano estava marcado para ontem, prosseguindo hoje.
À saída do TIC, ontem, Jorge Correia, advogado de António Moreira de Sá - que terá agredido o sócio Henrique Ramos na AG - foi o primeiro a prestar declarações. “Há factos que têm de ser explicados. António Sá é associado há 26 anos, é uma pessoa absolutamente inserida na sociedade, não tem cadastro nenhum. É um fervoroso adepto do FC Porto e tem uma admiração profunda por Pinto da Costa. Há situações anteriores que ajudam a explicar isto, coisas no início da própria assembleia-geral e que envolveram o engenheiro e a pessoa envolvida nas agressões”, referiu, admitindo que o seu cliente tem um litígio com Henrique Ramos.
Fernando Madureira e Saúl também prestam declarações
Já depois do jantar, Fernando Madureira e a esposa regressaram à esquadra de Santo Tirso, onde passaram a segunda noite seguida. Miguel Marques Oliveira, advogado do líder da claque Super Dragões, confirmou, entretanto, a vontade do seu cliente em prestar esclarecimentos. “Há quem lide com a situação de uma forma melhor e há quem lide de uma forma menos aprazível. Poderão não ser prestadas declarações em virtude do estado emocional das pessoas. Fernando Madureira irá prestar, em princípio, pela tarde de amanhã [hoje]”, sublinhou.
O mesmo acontecerá com Fernando Saúl, oficial de ligação aos adeptos, que, de acordo com os autos da acusação, terá participado na orquestração do clima de intimidação e ameaças na AG, juntamente com Fernando Madureira e Adelino Caldeira. “Isto está dividido, hoje [ontem] serão os dois primeiros, que são os dois últimos da indiciação e, amanhã [hoje] de manhã, serão outros dois. Da parte da tarde, será o meu cliente a prestar declarações”, confirmou Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saúl. “O meu cliente esteve sempre disposto para prestar declarações, a defesa entendeu que poderia não ser necessário, mas ele quer mesmo esclarecer e tem de o fazer”, insistiu, confirmando que em causa “estão os acontecimentos na dita AG” e “nada mais”.
“Existe um outro arguido com mais um crime, de detenção de arma proibida, mas não me vou pronunciar sobre isso.”. Quanto a medidas de coação, a advogada acredita que vão demorar. “Poderá ser na segunda-feira, ainda vão ouvir os arguidos. Amanhã [hoje] com toda a certeza não será, até porque vão ser ouvidos pelo menos três arguidos.”