António Sá é um dos 12 detidos na Operação Pretoriano, que teve início na quinta-feira
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“Regressa à cela e vai ficar a aguardar o despacho com as medidas de coação. Foi muito esclarecedor”, disse Jorge Filipe Correia, advogado de António Sá, esta tarde no Tribunal de Instrução Criminal, no Porto, onde foi esta tarde ouvido pelo juiz.
A Operação Pretoriano levou à detenção de 12 pessoas na quarta-feira, incluindo o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, a mulher, Sandra Madureira, vice-presidente da claque, e dois funcionários do FC Porto - o oficial de ligação aos adeptos, Fernando Saul, e Tiago Aguiar, que trabalha na formação.
Segundo documentos judiciais, a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na assembleia geral do clube, em 13 de novembro, durante a qual se verificaram incidentes, para que fossem aprovadas as alterações estatutárias em votação, “do interesse da atual direção” do FC Porto.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que em causa neste processo estão “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação”.