Em dezembro de 2021, na sequência das buscas da Operação Malapata, o conteúdos das caixas de correio eletrónico de Rui Costa, Rui Pedro Braz e Luís Filipe Vieira foram apreendidos pela PJ, de acordo com o Público.
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A Polícia Judiciária (PJ) fez cópias dos emails de Rui Costa, atual presidente do Benfica, Rui Pedro Braz, antigo diretor desportivo das águias, e Luís Filipe Vieira, ex-presidente do clube encarnado, em dezembro de 2021, aquando das buscas no Estádio da Luz relacionadas com a Operação Malapata. A notícia foi adiantada, esta terça-feira, pelo jornal Público.
Foram recolhidos cinco gigabytes de emails de Rui Costa e dois gigabytes de informação de Rui Pedro Braz. A PJ terá ainda analisado os telemóveis destes dois dirigentes - que, todavia, não foram apreendidos - e extraídos mensagens de WhatsApp trocadas entre estes e o empresário César Boaventura (o principal arguido do processo).
Escreve o jornal que a recolha daquele material eletrónico desagradou aos advogados do Benfica, que alegaram tratar-se de informações pessoais, profissionais e comerciais, razão pela qual pediram a selagem e exclusão da publicidade destes ficheiros.
Além dos emails e das mensagens de WhatsApp, foi recolhida informação relativa a contratos de 13 jogadores.
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César Boaventura foi acusado pelo Ministério Público de dez crimes, no âmbito da Operação Malapata. Em causa estão cinco crimes de burla qualificada, três de falsificação de documentos, um de fraude fiscal qualificada e ainda outro de branqueamento de capitais.
O processo "envolve transferências de jogadores e muitos milhares de euros que circularam por várias contas bancárias, apesar de o empresário ter sido declarado insolvente pelo Tribunal de Famalicão em 30 de outubro de 2014. Entre os acusados, mas apenas pelo crime de branqueamento de capitais, estão empresários ligados à metalurgia e e com ligações próximas a Boaventura."
A Operação Malapata foi realizada no âmbito de um inquérito titulado pelo Ministério Público (MP) no DIAP do Porto, com a participação da Autoridade Tributária e Aduaneira - Direção de Finanças do Porto. No decurso da operação policial, foi apreendida "documentação diversa" relativa à prática dos factos, além de viaturas automóveis e material informático.
NOTÍCIA ATUALIZADA ÀS 18H12