A operação mobilizou 65 inspetores da PJ, 15 especialistas em Polícia Científica, além de juízes, magistrados do Ministério Público e representantes da Ordem dos Advogados
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A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira uma operação de combate à corrupção, cumprindo 20 mandados de busca e apreensão em Lisboa, Setúbal e Santarém. As diligências incidiram sobre domicílios, uma instituição bancária, estabelecimentos comerciais e sociedades de advogados.
Em causa estão suspeitas de irregularidades na intermediação da venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), localizada na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, por um valor de 11,25 milhões de euros. A investigação, sob a alçada do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, aponta para eventuais crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada.
A operação mobilizou 65 inspetores da PJ, 15 especialistas em Polícia Científica, além de juízes, magistrados do Ministério Público e representantes da Ordem dos Advogados. As autoridades vão agora analisar a prova recolhida para concluir o inquérito e apurar responsabilidades.
Comunicado
"A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, desencadeou uma operação policial para dar cumprimento a 20 mandados de busca e apreensão em domicílios, instituição bancária, estabelecimentos e sociedades de advogados, nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.
No decurso da investigação foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda da antiga sede pertencente à Federação Portuguesa de Futebol, na Rua Alexandre Herculano, nº58, Lisboa. O imóvel foi vendido por onze milhões duzentos e cinquenta mil euros.
Na investigação, que se encontra a ser dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, estão em causa factos suscetíveis de integrarem os crimes de recebimento indevido de vantagem, de corrupção, de participação económica em negócio e de fraude fiscal qualificada.
As diligências foram executadas por 65 Inspetores e 15 Especialistas de Polícia Científica da PJ, contando ainda com a participação de cinco juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público e quatro representantes da Ordem dos Advogados.
A investigação prosseguirá com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias, visando o cabal apuramento da verdade e a sua célere conclusão."