João Correia, advogado do Benfica, comentou as buscas realizadas à SAD do clube e à residência de Luís Filipe Vieira.
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João Correia, advogado do Benfica, comentou esta terça-feira as buscas realizadas à SAD do clube e à residência de Vieira, entre outras. "Ainda não é arguido", garantiu a propósito do líder das águias, abordando depois a forma como foi feita a investigação
"O objeto tem pouco que ver com o Benfica. Tem a ver com outras personalidades que tiveram alguma relação com o Benfica e com alguns dirigentes. Não tem a ver com atividade do Benfica, nem com a da SAD. Procuram-se elementos que tenham a ver com essas personalidades. Rui Rangel? É sócio. Não vou divulgar quem são as personalidades", afirmou à CMTV.
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João Correia continuou, defendendo que há uma perseguição ao clube da Luz. "As autoridades judiciais e jurisdicionais portuguesas não têm mão nas invetivas, na origem destes ataques contra o Benfica, mas era bom que tivessem. Já as participámos criminalmente, todas as semanas são participados crimes. A causa é que eu desconheço, pois não tem a ver com práticas ilegais do Benfica, tem a ver com uma perseguição ostensiva. O tiro ao alvo para alguns setores do Ministério Público é muito fácil", sublinhou, seguro de que tal não irá manchar a imagem do clube.
"A causa é que eu desconheço, pois não tem a ver com práticas ilegais do Benfica, tem a ver com uma perseguição ostensiva"
"A dimensão do Benfica é tal que isto não afeta. Se me perguntar se há alguma mão por detrás destes ataques ao Benfica a minha resposta é: presumo que sim. Nem tudo o que está a ser feito tem justificação, nem para a discriminação do Benfica em relação aos outros intervenientes no mundo do desporto", rematou.
A PJ, recorde-se, deteve cinco pessoas e constituiu vários arguidos numa operação a nível nacional para confirmar a eventual prática dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada. Esta operação, denominada "Lex", foi realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e decorreu no âmbito de um inquérito que corre termos no Supremo Tribunal de Justiça, coadjuvado pelo Departamento Central Investigação e Ação Penal.
Um comunicado da Polícia Judiciária adianta que durante a operação foram realizadas trinta e três buscas, sendo vinte domiciliárias, três a escritórios de advogados, sete a empresas e três a postos de trabalho. Fonte da PJ disse à Lusa que as buscas realizadas incluíam a casa e o gabinete do juiz desembargador do Tribunal de Relação de Lisboa Rui Rangel, a SAD do Benfica, a casa do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, assim como residências da ex-mulher de Rui Rangel, a juíza Fátima Galante, do advogado José Sousa Martins e do seu filho.