Operação Fora de Jogo: Fisco suspeita de destruição de provas, avança o Expresso
A Autoridade Tributária lamentou as fugas de informação no processo que podem ter levado os envolvidos a eliminar documentos antes das buscas
Corpo do artigo
A passada quarta-feira ficou marcada pela Operação Fora de Jogo, que levou o Ministério Público a constituir 47 arguidos por suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, depois de uma mega operação de buscas que visou clubes, dirigentes, futebolistas, empresários e advogados.
No entanto, segundo escreve este sábado o jornal Expresso, a Autoridade Tributária receia que essas operações possam não ter tido o efeito desejado por culpa de fugas de informação e da violação do segredo de justiça que terão levado à destruição de documentos e outros elementos de prova por parte de alguns dos visados. O Ministério Público está a investigar.
11888069
Há cerca de um mês, recorde-se, a revista Sábado avançou que as investigações aos negócios no futebol estavam a chegar à "fase decisiva" e descreveu vários casos na mira das autoridades.
Na quarta-feira, também o Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados criticara a "ostensiva e grosseira violação do segredo de justiça", lembrando que, em alguns casos, já havia equipas de reportagens presentes nos locais das buscas antes das autoridades chegarem.
Entre os 47 arguidos na Operação Fora de Jogo estão futebolistas, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos.