
Octavio Passos
Após quebrar jejum de 520 minutos, dragão tem de melhorar também na Champions, onde é a quinta equipa menos eficaz
Em noite de Champions, a eficácia, ou melhor, a falta dela é uma questão que continua na ordem do dia para os lados do Dragão. O FC Porto é a equipa da principal prova da UEFA que mais rematou até à quinta jornada (78 vezes), mas das que menos golos têm marcado nesta fase de grupos que hoje termina. Dito por outras palavras: os azuis e brancos remataram em média 15 vezes por jogo, mas só conseguiram rentabilizar 5,1 por cento dos remates tentados à baliza do adversário. Ou seja, precisa de 20 remates para fazer um golo. À entrada para um jogo no qual o apuramento para os oitavos de final exige uma vitória para evitar deixar o destino nas mãos de terceiros, é obrigatório marcar o tal golo que Rui Pedro trouxe, contra o Braga, para aliviar o Dragão. E, se a equipa for mais eficaz, dispensa ter de rematar tantas vezes.
Exemplos recentes da falta de eficácia dos azuis e brancos são coisa que não falta, mas restringindo a observação à Champions, bastará recuar à recente deslocação à Dinamarca e ao duelo com o Copenhaga para somar 16 remates à baliza da equipa nórdica sem consequências para o marcador, concluindo-se os 90 minutos com um empate sem golos.
