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O Rei de Marrocos, Mohammed VI, anunciou hoje que aquele país africano se vai juntar a Portugal e Espanha, que estavam alinhados com a Ucrânia, na candidatura à organização do Mundial de futebol de 2030.
Em Kigali, capital do Ruanda, onde decorre o Congresso FIFA, Mohammed VI anunciou uma candidatura "sem precedentes na história do futebol, que vai unir África e Europa, o norte e o sul do Mediterrâneo, e os mundos africano, árabe e euro-mediterrâneo", além de trazer "o melhor de todos", numa mensagem do monarca que foi lida na entrega de um prémio da Confederação Africana de Futebol (CAF).
A mensagem foi lida pelo ministro do Desporto marroquino, Chakib Benmoussa.
Portugal e Espanha tinham anunciado uma candidatura ibérica à organização do Mundial2030, em 2021, à qual se juntou mais tarde a Ucrânia, já depois da invasão russa daquele país, em outubro de 2022.
O soberano marroquino não fez referência aos ucranianos, deixando antever que este país saia do projeto, num anúncio feito um dia depois da suspensão do presidente da federação ucraniana, Andrii Pavelko, detido no final de novembro por apropriação indevida de verbas, o que já de si abria a porta à saída da Ucrânia.
FIFA e UEFA contemplam a exclusão de candidaturas à organização de eventos dos países que não respeitem a imunidade das suas federações perante a justiça das suas nações.
A inclusão de Marrocos tem sido falada na comunicação social e, além de ser um país geograficamente próximo, permitiria realizar a prova pela primeira vez em dois continentes diferentes, além de responder a uma pretensão daquele país africano, que perdeu candidaturas em 1994, 1998, 2006, 2010 e 2026, que terá Estados Unidos, México e Canadá juntos na organização.
Argentina e Uruguai iniciaram a candidatura sul-americana, que pretende comemorar o centenário da competição onde esta começou, entretanto reforçada com a inclusão de Paraguai e Chile, estando em aberto a participação da Bolívia.
Os marroquinos, que em 2018 já tinham manifestado intenção de se candidataram, conseguiram, no Mundial2022 no Qatar, a melhor prestação de sempre de uma equipa africana (e árabe), ao chegarem às meias-finais da competição, tendo afastado pelo caminho tanto a Espanha, nos 'oitavos', como Portugal (1-0), nos quartos de final.
A FIFA anunciará em 2024 a quem atribui esta organização, do segundo torneio a receber 48 países, em vez dos 32 que participaram no Qatar, após este formato alargado ser inaugurado em 2026.
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