Ricardo Pereira trabalhou com Miszta no Légia e destaca as melhorias do guardião nos cruzamentos e a jogar com os pés. Treinador de guarda-redes, atualmente na Arábia Saudita, acredita que o polaco de 23 anos tem qualidade para chegar a outros patamares. Desafios no passado moldaram crescimento.
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Miszta foi considerado o melhor guarda-redes do mês de janeiro e o prémio parece ser o primeiro passo para uma carreira que se adivinha promissora. “Quando o conheci, ele tinha cerca de 16 anos e estava no Légia, na altura com Sá Pinto como treinador. Era um dos guarda-redes mais talentosos da academia e treinava com a equipa principal”, começou por recordar a O JOGO Ricardo Pereira, que treinou o guardião polaco.
Na segunda passagem pelo Légia, o técnico já encontrou Miszta no plantel principal e destacou as fases delicadas que tornaram o jogador mais forte: “Ele passou por momentos complicados que tiveram que ver com o facto de não jogar, depois da minha saída. Chegou a fazer jogos na equipa B e a não ser integrado na principal. Mas acho que estes obstáculos o tornaram no monstro que é hoje e que todos podem ver. Há muita gente que lhe fez bem e que o ajudou a crescer. Considero-me mais um”.
Hoje, o treinador e o guarda-redes mantêm uma boa relação e Ricardo Pereira não esconde que continua a seguir com atenção o percurso do polaco. “Sofri mais quando foi a estreia dele com o Benfica do que em alguns jogos meus sentado no banco a ver os meus guarda-redes, porque sabia que era um momento importante para ele. Vejo uma melhoria tremenda onde havia dificuldades, como nos cruzamentos. É um guarda-redes rápido e bom a jogar com os dois pés. É interessante mesmo para uma equipa grande. E está muito feliz em Portugal”, rematou.