A 10 de dezembro, Sacko renovou por mais dois anos - até 2024 - e ficou com uma cláusula de rescisão de 50 milhões de euros.
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Proveniente dos belgas do Sint-Truiden, Sacko estreou-se na equipa B do V. Guimarães com 20 anos, a 17 de fevereiro de 2016, num jogo com o Atlético.
Boas exibições no Vitória motivam chamadas à seleção do Mali
Menos de quatro anos depois, o maliano é um dos indiscutíveis da equipa de Ivo Vieira. "É nesta altura um dos melhores laterais da liga portuguesa. Para a idade que tem, a maturidade que revela está acima da média. Para além de ser fortíssimo no aspeto defensivo, acrescenta muito em termos ofensivos", defende Vítor Campelos, o primeiro treinador a orientar Sacko na equipa B do Vitória.
"Quando chegou em janeiro de 2016, como médio-ala ou médio-centro, observámos que podia ser um excelente lateral-direito", recorda. "Era muito bom tecnicamente, tinha boa capacidade ofensiva, lia muito bem o jogo a partir de trás e, por ser extremamente inteligente e perceber muito bem o jogo, aceitou muito bem a adaptação a lateral-direito. No entanto, em termos táticos precisava de evoluir no posicionamento em campo e nos apoios em termos defensivos", lembra.
Depois de 63 jogos pela equipa B, Sacko fez seis pela formação principal em 2017/18, na época passada ganhou espaço em definitivo na equipa de Luís Castro (30 jogos), mas até ao final de 2018 participara em 13 encontros. Esta temporada, não fosse uma lesão muscular sofrida em outubro, na receção ao Eintracht Frankfurt - afastou-o da competição até novembro -, teria com certeza muito mais do que 19 jogos.
A qualidade e a importância do internacional maliano foram de tal maneira reconhecidas pela SAD liderada por Pinto Lisboa que, no princípio deste mês, esta acertou a renovação do contrato por mais dois anos - até 2024 - e colocou a cláusula de rescisão em 50 milhões de euros.
É por isso, para Vítor Campelos, "um dos maiores ativos do Vitória" nesta altura. "A continuar a evoluir desta forma e a demonstrar esta qualidade exibicional, está preparado para atingir outros patamares, porque já sabemos as exigências do Vitória", sustenta o treinador, que conhece bem as características do 12 vezes internacional maliano: "Sabe lidar com a pressão - estar a jogar com o estádio cheio ou com menos adeptos é indiferente para ele. É psicologicamente muito forte, o que lhe permite encarar qualquer desafio da mesma forma, seja qual for o adversário ou o palco." E, completa, "consegue ter serenidade e confiança e transmitir isso à equipa para assumir o jogo".
Vítor Campelos trabalhou três épocas com Sacko. "É muito bem-disposto, extrovertido, anima sempre o balneário", conta o treinador que orientou o maliano 63 jogos pela equipa B do Vitória. "É daqueles que têm bem vincado o sentido da responsabilidade. Na hora do trabalho é muito responsável, muito atento e disponível para aprender", sublinha, acrescentando que, quando é para brincar, é dos primeiros a fazê-lo, dando o exemplo das apresentações no centro histórico.
"O Neno empurra-o para ser ele a animar os adeptos. Gosta de ser o animador de serviço em cima de palco. É mais espírito de equipa e de camaradagem", sustenta.
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