Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores de FC Porto e Rio Ave no jogo que os campeões nacionais venceram por 2-1.
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FC PORTO UM A UM
Casillas 6
Obrigado a sair da baliza em várias ocasiões, ora para afastar o perigo de cabeça (4"), ora para sacudir cruzamentos com as mãos, passou por alguns momentos de calafrio, ainda que não tenha feito qualquer defesa vistosa. A melhor terá sido na sequência de um cruzamento-remate de Jambor (64"). No golo de Vinícius fez o possível para o evitar.
Maxi 6
Num jogo como gosta (nervoso), envolveu-se em picardias na tentativa de fazer os adversários perder a cabeça e conseguiu-o com Fábio Coentrão. De olhos colocados quase sempre no ataque, ofereceu a Marega o 2-1 e mais tarde tentou fazer o mesmo a Óliver. A defender, passou por alguns problemas.
Felipe 7
Uma exibição a roçar a perfeição do Xerife, que se multiplicou nas dobragens a Maxi e na marcação a Vinícius. Sereno e quase sempre bem colocado, intercetou vários passes - só não travou o de Gelson Dala no 0-1 - e aos 84" evitou que o ponta de lança dos vila-condenses fizesse o empate.
Militão 5
Enérgico na reação à perda da bola, não temendo recorrer à falta se a isso fosse obrigado, teve um bom corte no sexto minuto, mas depois deixou escapar Vinícius no golo vila-condense. Subiu de produção com o tempo e foi muito importante quando defender a vantagem passou a ser a prioridade.
Alex Telles 5
Fazer 90" atrás de 90" tem consequências a nível físico e o brasileiro não disfarça algum desgaste, ao ponto de nem sempre ter sido capaz de acompanhar Gabrielzinho. Não se incorporou tanto no ataque como é habitual, mas, em contrapartida, teve um corte fulcral a evitar que Tarantini fizesse o empate (60").
Danilo 6
Foi aprovado no teste matinal e, por isso, entrou de início, cumprindo com eficácia a missão de pressionar, recuperar bolas e intercetar passes no miolo. Por incrível que pareça, foi o portista com mais remates efetuados: cinco. Contudo, só um (3") levou a direção da baliza.
Herrera 5
Viveu da pressão alta que exerceu sobre o adversário, da capacidade para fazer circular a bola e do controlo do ritmo do jogo, que nunca foi muito elevado. A distância a que jogou da área dos vila-condenses nunca lhe permitiu testar o remate, embora se tenha envolvido em algumas combinações ofensivas.
Corona 6
Fez uma exibição em crescendo, pelo que surpreendeu ter sido o primeiro sacrificado em prol do controlo do resultado. Esteve na origem do golo do Rio Ave, com um passe falhado a meio-campo, mas depois teve participação direta nos dois portistas: primeiro cruzou para Soares e depois abriu espaço para Maxi. À saída para o intervalo acertou no poste e no recomeço atirou por cima.
Brahimi 7
A reação à desvantagem começou numa jogada tricotada e concluída pelo argelino, que teve de procurar zonas mais interiores do terreno para conseguir causar alguns desequilíbrios. Numa das raras vezes em que ganhou a linha a Nadjack, tirou um cruzamento que Corona desviou por cima.
Soares 5
Interrompeu ontem uma série de dois jogos a marcar para o campeonato, até porque, pasme-se, não dispôs de qualquer oportunidade para rematar. No entanto, combinou várias vezes com os companheiros, serviu Brahimi para o 1-1 e ainda deu uma ajuda a defender.
Óliver 6
Lançado para colocar alguma ordem no meio-campo, teve um disparo aos 82" que saiu à figura de Léo Jardim. Um passe atrasado quando as bancadas pediam um chutão para a frente deixou a plateia nervosa.
Hernâni 5
Um par de arrancadas numa fase em que o mais importante foi defender.
Adrián López -
Entrou nos descontos e nada há a apontar-lhe.
A FIGURA
Marega 7
Não há Aboubakar? Soares está em dia não? Não há problema, Marega resolve. Depois de ter feito o golo da vitória nos Açores, com o Santa Clara, o internacional maliano repetiu a proeza na receção ao Rio Ave, aumentando a série de jogos a marcar para cinco, igualando um feito que só Jardel, Falcao, McCarthy, Jackson, Hulk e Guarín haviam conseguido neste milénio. Os festejos do avançado surgiram na sequência de um lance em que recorreu à principal virtude para sobressair: a força. Usou o corpo para ganhar o duelo direto a Nélson Monte, enquadrou-se com a baliza e depois só teve de desviar a bola de Léo Jardim. O Dragão explodiu de alegria e ficou na expectativa por mais, mas, desta vez, Marega ficou-se por aqui, já que o guarda-redes do Rio Ave se revelou um obstáculo intransponível perto do intervalo e, na segunda parte, a mira esteve sempre desafinada. O mais importante, contudo, já estava feito.
RIO AVE UM A UM
Léo Jardim 5
Não fez uma defesa digna de registo e, no 2-1, podia ter fechado melhor o ângulo.
Nadjack 6
É certo que perdeu o duelo com Soares no 1-1, mas a passividade dos colegas foi pior. Trancou muito bem o flanco e carburou pela direita.
Buatu 5
À exceção de uma perda de bola displicente e perigosa já perto do fim e da apatia geral no 1-1, não comprometeu. Decisivo aos 3", ao tirar o pão da boca a Soares na pequena área.
Nélson Monte 4
Ainda que tenha melhorado na segunda parte, fica ligado ao 2-1 pela forma como foi facilmente ultrapassado por Marega. Já no 1-1 juntou-se à passividade, mesmo com Brahimi a passar-lhe à frente.
Matheus Reis 5
Algumas dificuldades a fechar. Não deixou de apoiar o ataque, mas nem sempre o fez da forma mais consequente.
Tarantini 6
Bem posicionado, recuperou várias bolas e deu assim início à jogada do empate. Com a saída de Gelson Dala subiu no terreno e apareceu algumas vezes com perigo na área. Viu Alex Telles roubar-lhe um golo à boca da baliza (60").
Schmidt 6
Eficiente no início de construção, com poucas perdas de bola. Aos 63", assustou Casillas com um cruzamento traiçoeiro que foi à baliza.
Gabrielzinho 5
Começou à direita e por várias vezes estancou as subidas de Alex Telles, além de ter feito um cruzamento perigoso aos 6". Na direita não esteve tão ativo e desapareceu aos poucos do jogo.
Gelson Dala 6
Saiu lesionado aos 25 minutos, depois de ter assistido Carlos Vinícius para o 0-1 e de ter tentando um remate de meia distância que não passou muito por cima (20").
Fábio Coentrão 6
Andou pela esquerda, direita e centro, onde iniciou e conduziu vários ataques. Deu muito trabalho e, aos 60", só não assistiu Tarantini por culpa de corte soberbo de Telles. Aos 84", acertou nas malhas laterais. Vaiado a cada toque, perdeu a paciência nos descontos e viu o segundo amarelo num desentendimento com Maxi.
Carlos Vinícius 7
Superou Militão e Casillas aos 12" para abrir o marcador e, aos 84", assustou num remate intercetado na área, numa bola bem trabalhada. Forte e veloz, deu muita luta aos centrais (às vezes nem três jogadores chegaram) sempre em alerta por culpa dele.
Jambor 6
Preocupou-se acima de tudo em não inventar. Raramente perdeu bolas e entregou sempre jogável.
Murilo 4
Pouco impacto na tentativa de dinamizar a ala esquerda.
Bruno Moreira 5
Juntou-se ao pressing final.
LEIA TODA A REPORTAGEM NA EDIÇÃO E-PAPER DE SEGUNDA-FEIRA, 24 DE DEZEMBRO