Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores de Benfica e Gil Vicente na vitória caseira das águias por 2-0.
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BENFICA UM A UM
Vlachodimos 6
Limitou-se a jogar com os pés e a recolher bolas perdidas na sua área até aos 70", quando negou o golo a Kraev com uma boa saída.
André Almeida 6
Percebeu cedo que o melhor caminho para escapar ao engarrafamento no corredor central era insistir no jogo exterior e, numa das inúmeras subidas pela direita, fez o cruzamento que originou o 1-0. Na segunda parte acusou algum desgaste e facilitou a defender.
Rúben Dias 6
Controlou bem o seu raio de ação, tanto pelo ar como pelo chão, e só foi batido uma vez: Kraev deu-lhe um nó cego e rematou ao lado, aos 49". No entanto, recompôs-se rápido desse lance e até mostrou pormenores interessantes ao nível do passe longo.
Ferro 6
Deu nas vistas na construção de jogo e na leitura do mesmo, virtude que lhe permitiu cortar várias iniciativas ofensivas do Gil à nascença. Aos 9" podia ter marcado, mas o cabeceamento saiu ligeiramente por cima.
Grimaldo 7
Respondeu a uma primeira parte discreta com uma segunda metade a todo o gás. Além de marcar, de forma exemplar, o canto que originou o 2-0, o espanhol desenhou várias jogadas vistosas às quais os colegas não deram seguimento.
Fejsa 6
Conseguiu acertar o passo no regresso dos balneários, recorrendo à antecipação para ganhar vários duelos no meio-campo e lançar contra-ataques. Antes, nos primeiros 45", parecia ter pago bilhete para ver Taarabt jogar...
Pizzi 7
Um penálti falhado e um remate contra os pés de Denis pareciam indicar que esta não era a noite do 21, mas este não desistiu até levantar as bancadas. Na segunda parte marcou um golaço de primeira com o pé esquerdo, desenhou vários lances de fino recorte técnico e obrigou os defesas contrários a abusar de lances duros para o travar.
Rafa 5
Um grande cruzamento para Pizzi, aos 39", e uma arrancada antes de servir De Tomás, aos 68", foram dos raros lances em que brilhou. Mérito para a marcação cerrada da equipa rival, que conseguiu tirar um dos maiores desequilibradores das águias de áreas decisivas.
De Tomás 5
Movimentou-se bastante à procura de tabelar com os companheiros, mas só teve uma oportunidade para finalizar: rematou bem ao lado, aos 68". A posição de 9,5 continua a não o favorecer.
Seferovic 5
Cabeceou fraco para as mãos de Denis aos 31" e na segunda parte fez um remate às malhas laterais. Produziu pouco para aquilo que se pede a uma referência de ataque e teve uma ação quase nula nas combinações com os colegas.
Caio Lucas 5
Três cruzamentos que não encontraram destinatário.
Jota 5
Tentou desequilibrar na frente e até teve bastante bola, mas sem sucesso.
A FIGURA
Taarabt 7
Alma e coração no combate à ansiedade
Os momentos mais difíceis do Benfica no jogo ocorreram após o penálti falhado por Pizzi, mas uma luz nunca deixou de brilhar no meio-campo. Com o coração na ponta das chuteiras, Taarabt pegou nas rédeas do jogo e, à semelhança do que já tinha feito aos 9", quando isolou Pizzi na origem do penálti, o marroquino voltou a rasgar a defesa com um passe assertivo para André Almeida na origem do 1-0. Depois entregou-se às recuperações de bola, ofuscando Fejsa nesse capítulo, e a passes de régua e esquadro para os avançados, que, se estivessem em dia "sim", podiam ter dado ainda mais brilho à arte do 49.
GIL VICENTE UM A UM
Denis 7
Saiu para o intervalo como maior herói. Defendeu um penálti, voou para travar um cabeceamento de Rúben Dias e, com os pés, negou a festa (outra vez) a Pizzi. E se Nogueira não empurrasse para a baliza, a bola era dele. Sem mácula.
Fernando Fonseca 6
Sem falhas a registar, foi o único dos defesas do Gil a fechar a diagonal aos passes de Taarabt. Grimaldo e Rafa só o ultrapassaram uma vez.
Rodrigo 5
Um passe infantil deu a transição que originou a grande penalidade. Emendou-se e foi imperial a afastar cruzamentos.
Nogueira 4
Começou bem mas foi perdendo a lucidez. Cometeu um penálti de forma precipitada - o guardião tinha a situação controlada - e acabou por fazer o autogolo.
Rúben Fernandes 5
Afoito a atacar, o lateral combinou bem com o extremo. A defender, deixou Pizzi ganhar-lhe as costas duas vezes.
Rodrigo Soares 6
Certinho no passe e exímio a fechar as linhas de passe para Raúl de Tomás, que o Benfica insistiu em procurar.
João Afonso 5
Astuto na pressão, aliou-se a Soares para travar o jogo entre linhas. Apanhou um grande Taarabt pela frente.
Kraev 6
Não se viu em campo na primeira parte. Quando voltou, tirou Rúben Dias da frente com um nó cego e atirou o golo cantado por cima. Aos 70" voltou a ter chance clamorosa e consequente ressaca, e nos descontos ainda acreditou novamente.
Lino 5
Comprometido a defender, teve duas boas arrancadas. Saiu ao intervalo.
Sandro Lima 5
Forte a segurar a bola diante de Ferro, podia e devia ter assistido um colega aos 31", numa situação de 2x1. Melhorou na segunda parte. Ficou a ver Pizzi, nas suas costas, encostar para o segundo.
Baraye 5
O mais incómodo na primeira parte. Partiu para dribles e com sucesso. Ficou a lamentar que Kraev não lhe oferecesse o golo. Travou Jota num contra-ataque prometedor.
Romário Baldé 6
Foi a jogo após o descanso e desenhou, com Kraev, um lance perigosíssimo. Ativo e disposto a mudar o jogo, ainda deu trabalho à defesa benfiquista.
Leonardo 5
Refrescou o meio-campo e perdeu duas bolas.