Bruno Silva, avançado que joga no FK Zhenys, descompõe o Astana. Embora a defesa seja o ponto fraco, o Vitória tem razões para não facilitar
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Bruno Silva jogava com a camisola do Vilaverdense quando, em julho deste ano, decidiu sair de Portugal para jogar no Cazaquistão, no FK Zhenys. Em solo luso, o avançado de 26 anos, natural de Braga, onde fez parte da formação no clube arsenalista, passou também por Merelinense, Palmeiras, S. Paio D’Arcos, Maria da Fonte e Louletano. Três boas temporadas no Vilaverdense - no total somou 99 encontros e marcou 24 golos, além de ter feito duas assistências - levaram-no a dar o salto para o estrangeiro.
Avançado português assinou por clube do Cazaquistão a meio da época e não esconde que os vimaranenses partem em vantagem. Viagem é o maior problema para o plantel de Rui Borges.
No início, o choque foi grande, dada a grande distância, mas depois, muito graças às chegadas de João Oliveira e Adílio Santos, que também deixaram o Penafiel, a adaptação ficou mais fácil. “A maior diferença aqui é o clima. É muito diferente comparando com Portugal. De resto, adaptei-me bem. Também tenho um português e um brasileiro comigo, o que ajuda sempre imenso nestas situações”, descreve a O JOGO.
Terminado o campeonato - o FK Zhenys terminou no décimo lugar -, o Astana vira-se agora para a Liga Conferência e o avançado não esconde que os vimaranenses são os favoritos. Mas com cautelas. “Acho que o Vitória de Guimarães vai ser sempre favorito, mas não vai ser um jogo assim tão fácil. O Astana tem uma equipa muito boa. Não se sagrou campeão, mas é a melhor equipa do campeonato. Gostei muito dos médios e dos dois extremos deles. O Tomasov tem 37 anos, mas não parece mesmo ter a idade que tem, dada a qualidade que apresenta. O Camará acelera muito o jogo deles do lado esquerdo. Depois, tem dois médios muito bons e muito intensos. O ponto mais fraco da equipa talvez seja a defesa. Na comparação de setores, a defesa é o ponto mais fraco, algo que o Vitória pode explorar.”
“O Tomasov tem 37 anos, mas não parece. O Camará acelera muito o jogo pelo lado esquerdo”
Sobre o fuso horário - uma diferença de cinco horas -, Bruno Silva, que terminou a época com dois golos marcados em 11 desafios disputados, acredita que tal facto não terá grande influência e que jogar em Almaty até pode ser uma vantagem. “A viagem é muito dura, disso não há dúvidas. Fi-la recentemente. Mas acredito que se consigam adaptar. E Almaty não é tão frio como Astana, por isso é uma vantagem para o Vitória. Astana é muito, muito mais frio”, conclui.