Lucas, que esteve cerca de um ano a recuperar de uma rotura num ligamento antes de chegar ao Marialvas, alimenta o sonho de jogar na I Liga, mas, no imediato, quer chegar às provas profissionais
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Lucas é um dos principais obreiros da boa campanha de Os Marialvas. O médio aponta à permanência do clube de Cantanhede no Campeonato de Portugal. “Subimos este ano e entrámos apensar jogo a jogo, sem fazer contas aos objetivos, embora não descurando a permanência. É sempre possível fazer melhor, mas, pela forma como nos adaptámos às saídas e chegadas de jogadores, estamos a fazer uma ótima campanha”, afirmou o centrocampista, que estendeu esta perspetiva positiva ao desempenho pessoal. “Está a ser uma época bastante assertiva, tenho muitos jogos, golos e assistências”, frisou.
O projeto de carreira é pensado sem pressas, passo a passo. “No imediato, o objetivo é, ano após ano, jogar a um nível acima do anterior”, explica, abrindo depois caminho à ambição principal. “O sonho é a I Liga. Mas, para já, quero é chegar a uma prova profissional, em Portugal ou fora”, acentuou. Lucas esteve cerca de um ano parado devido a rotura de um ligamento. “No final da recuperação apareceu o Marialvas, a Direção e os investidores falaram comigo e confiaram em mim, assim como o míster Calina, que, quando soube que eu estava apto a competir, disse que me queria na equipa”, contou.
O médio apresenta-se como um elemento “mais técnico, de passe, com uma boa leitura de jogo e que percebe bem os espaços”. “Sou um jogador de equipa, que trabalha muito, com e sem bola, e com aptidão nas bolas paradas. Este ano já fiz dois golos de livre direto”, destacou.
O CdP, diz, tem virtudes e defeitos. “É um campeonato extremamente competitivo, com boas equipas, intensas; tem boas ideias e bons jogadores. É uma ótima competição para crescermos, e basta ver quantos jogadores das ligas profissionais o aproveitaram para crescer. Mas há coisas que podiam mudar. O campeonato termina muito cedo, a 13 de abril, para as equipas que não se classificam para a segunda fase. E descem cinco em 14. São muitas a descer, embora, assim, o campeonato fique muito competitivo até à última jornada”, analisa. Os Marialvas eliminaram o até então invicto Tondela da Taça de Portugal. “Infligir a primeira derrota e eliminar o Tondela foi um momento inesquecível, mas estamos há sete jogos sem perder e este também é um bom momento”, concluiu.
Uma família de desportistas
Não se dedicando em exclusividade ao futebol, Lucas já acionou o plano B com a licenciatura em Desporto. E na família há vários atletas. “É incrível pelos valores desportivos que me transmitiram. O meu pai jogou futebol muitos anos, em Portugal, e a minha mãe andebol, no Brasil. Jogo futebol e o meu irmão, Diogo Pinto, é uma figura do polo aquático nacional, com internacionalizações das camadas jovens aos seniores. É campeão nacional pelo Fluvial, e é um dos mais novos, se não o mais novo, a jogar na I Divisão”.