Paco Fortes, nome histórico dos algarvios, torce à distância, com conhecimento de causa. Espanhol mantém fé na permanência, com ajuda das bancadas, e deixa elogios a Darío Poveda, decisivo nas duas últimas vitórias. “Conheço-o muito bem e não percebo que só tenha cinco golos...”
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Paco Fortes é um nome maior na história do Farense, clube que representou durante 15 épocas, primeiro como jogador e depois como treinador. O catalão conseguiu subir de divisão duas vezes, a última como técnico, cargo em que granjeou fama e teve proveito: levou os leões de Faro à final da Taça de Portugal e, em 1995, conseguiu a qualificação para a Taça UEFA, após um brilhante 5.º lugar no campeonato.
“O segredo é acreditar e lutar sempre até ao fim”, diz Fortes, 70 anos, a O JOGO. Desde Barcelona, de onde é natural e viveu outros anos de glória – jogou no colosso da Catalunha, ao lado de Johan Cruyff e foi internacional espanhol – o antigo extremo resume o que lhe vai na alma, em vésperas de um fim de semana rico em emoções e com caráter decisivo. “Barça será campeão e o Farense ficará salvo”, atira, a propósito dos emblemas que batem forte no seu coração, sendo que acertou no primeiro vaticínio.
A equipa de Tozé Marreco recebe o Santa Clara e uma vitória pode não chegar para evitar a descida, dependendo também dos resultados de Aves SAD e Estrela da Amadora. Paco Fortes não esmorece e recorda com saudade o ambiente frenético do estádio e o apoio dos adeptos farenses, sobretudo em jogos decisivos. “O São Luís nunca falha e acredito que vai encher. Será um inferno para o Santa Clara”, avisa, apelando ao calor humano das bancadas.
Paco Fortes comentou ainda a prestação do seu compatriota Darío Poveda, que marcou os golos das vitórias nas duas últimas partidas, com a curiosidade de ter saltado do banco em ambas as ocasiões. “Conheço o Poveda muito bem e considero que é um jogador com sentido de baliza e apetência para marcar. Não percebo, aliás, que só tenha cinco golos”, termina, enviando um abraço para todos os farenses.