O relato de uma tarde épica na Sertã: "Foi meio com a cabeça, meio com o ombro"
Central do Sertanense fez o golo que afastou o Farense no início do prolongamento, quando a equipa de Bizarro já só tinha oito jogadores em campo.
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"O golo foi um imprevisto" - foi assim, num ápice, que Duarte Coelho, 21 anos, central com 1,88 metros, explicou como marcou ao Farense no início do prolongamento do jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal, quando o Sertanense estava a jogar com... oito.
Um golo que seria suficiente para a equipa do Campeonato de Portugal eliminar o líder da II Liga num jogo que terminou 2-1. "Era pouco provável que marcássemos, ainda para mais contra o primeiro da II Liga, que estava a ganhar há oito jogos seguidos. Foi assim meio com a cabeça, meio com o ombro - foi lindo", deixou escapar o lisboeta, natural de Alcântara.
"O golo foi assim meio com a cabeça, meio com o ombro - foi lindo"
"Todos os golos são importantes, mas este foi muito especial", admitiu o jogador, que sempre gostou "muito" de Sergio Ramos "pela agressividade, alma, raça e forte personalidade". Agora, também talvez por ser muito jovem, elege Rúben Dias como o seu preferido.
Prolongamento sofrido
O Sertanense, de José Bizarro, chegou aos oitavos de final da Taça de Portugal graças a um prolongamento épico. A equipa do antigo guarda-redes, campeão do mundo de sub-20 em 1989, aguentou o 2-1 quando já só tinha oito jogadores de campo. No tempo regulamentar, Rui Oliveira, árbitro da AF Porto, expulsara Saná (51"), Ká Semedo (81") e Doukouré (90").