Impacto imediato do médio no Dragão. Números ofensivos também impressionam
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Froholdt, de apenas 19 anos, custou 20 milhões de euros à SAD portista, a contratação mais cara do mercado de verão. Um investimento elevado que está a ter impacto imediato. O golo que fez ao Gil Vicente e as duas assistências (Casa Pia e Sporting), juntamente com a disponibilidade física que demonstra, são apenas os atributos mais visíveis de um dinamarquês que conquistou rapidamente a plateia azul e branca e também a crítica. Ao fim de quatro jornadas - e com a primeira paragem para as seleções -, as estatísticas de Froholdt impressionam não apenas no plano ofensivo, como no defensivo. Já lá vamos.
Primeiro a parte física. Os 12,3 quilómetros que correu em Alvalade foram o máximo entre todos os que jogaram o clássico e uma distância ao nível dos maiores futebolistas maratonistas. Basta dar dois exemplos para se perceber isso: na época passada, na Premier League, a média de Dejan Kulusevski, do Tottenham, foi precisamente essa e ninguém correu mais do que ele na competição. Mas olhando para dados já desta temporada, de acordo com o observatório para o futebol (CIES), apenas dois jogadores que atuam nas oito maiores ligas da Europa correm, a cada 90’, mais do que o portista (ver infografia abaixo). Quando aterrou na Invicta, Froholdt admitiu, porém, que ainda tem lacunas. “Na liga portuguesa não serei um génio da técnica, é um campeonato muito forte tecnicamente e ainda posso melhorar, mas tenho muita força e vou colocá-la em prática”. Palavras que se revelam certeiras… ou quase. Porque ao fim de quatro jogos, o internacional dinamarquês tem mostrado que fica a dever pouco na parte técnica, sem prejuízo da exigência que coloca nele próprio.
Os números não deixam dúvidas. Froholdt tentou nove dribles e foi bem-sucedido em seis, o que é um indicador bastante positivo para um médio, assim como o acerto do passe, que está nos 82,%. O jogador, de 19 anos, foi rápido a causar impacto, com a estatura alta e a passada larga que o tornam um adversário muito difícil de contrariar. Ainda no jogo contra o Casa Pia, levou o Dragão à loucura quando foi a correr de uma linha lateral à outra para recuperar a bola, já com o resultado em 3-0. De facto, o número 8 prometia ser forte nesse aspeto e está a cumprir, uma vez que já soma 19 recuperações de bola. Máximo na equipa, apenas igualado pelo companheiro de setor, Alan Varela. E isto sem contar com bloqueios e interceções, que, acumulados, chegam aos 11.
O nórdico assumiu-se de imediato como uma peça imprescindível para Francesco Farioli, pelo impacto da defesa ao ataque. Um golo e uma assistência são apenas a face visível, até porque, no total, fez cinco passes para finalização. Um reforço a toda a linha, que pode valorizar-se e crescer ainda mais na seleção da Dinamarca - também aqui parece evidente que chegou para ficar.