O que revela o acórdão do "Túnel do Jamor": o teor da conversa entre os treinadores e um soco no queixo
Teor do acórdão revelado esta tarde pelo CD da FPF
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O Conselho de Disciplina da FPF publicou esta quarta-feira o acórdão do "caso do túnel do Jamor", oportunidade para ficar a conhecer alguns dos pormenores que conduziram ao arquivamento, explicado por não terem sido reunidos "indícios da prática de infrações disciplinares".
Fica, por isso, a saber-se que nem sequer Pedro Ribeiro, na altura treinador do Belenenses SAD, foi capaz de identificar o agressor: "O próprio ofendido não é capaz de identificar minimanente o agente e mal consegue esclarecer quem se encontrava perto de si", pode ler-se num documento com um total de 13 páginas.
"Não consideramos suficientemente indiciada a identidade do agente que perpretou a ofensa à integridade física de Pedro Ribeiro, muito embora esteja fortemente indiciada que esta ocorreu como descrita pela testemunha/ofendido", lê-se no mesmo documento publicado hoje.
Sobre a existência de uma agressão no intervalo do Belenenses SAD-FC Porto, o acordão revela a existência da mesma, ainda que sem provas de que a mesma tenha sido cometida por Sérgio Conceição, técnico dos dragões. Celso Simão, funcionário do clube que joga no Jamor, afirmou ter visto " "um punho embater na cara de Pedro Ribeiro", sendo todavia incapaz de perceber quem deu o soco. "Contudo não apercebeu se se tratava de alguém da equipa ténica do FC Porto, uma vez que estava de costas para o agressor e era grande a agitação".
Recorde-se que tanto Pedro Ribeiro como Sérgio Conceição confirmaram a existência de uma conversa entre ambos e que começou ainda no relvado. Sobre esse momento, tanto Celso Simão como Hélder Batista, adjunto de técnico azul, relataram o que disse o treinador do FC Porto. "De que te estás a queixar?", ouviu Hélder Baptista; "Que queres? Estás a dar tudo hoje? É o jogo da vossa vida?", ouviu Celso Simão.