André Villas-Boas diz que valores como a combatividade e agressividade em campo são valores inegociáveis para qualquer equipa do FC Porto. A respeito de Vítor Bruno deixou um voto de confiança no trabalho que está a ser desenvolvido
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André Villas-Boas analisou o momento que a equipa principal do FC Porto atravessa, dizendo que Vítor Bruno tem total confiança para "fazer os jogadores progredir e atingir os objetivos definidos". Em entrevista ao jornal francês L'Équipe, o presidente dos dragões disse que o treinador "conhece muito bem" o clube.
"[Vítor Bruno] foi uma escolha unânime no clube, tem a nossa confiança para fazer os jogadores progredir e atingir os objetivos definidos. As exigências dos adeptos FC Porto são sempre máximas. Foi e sempre será assim, os nossos sócios estão apegados à mística e à cultura do clube e o Vítor conhece muito bem o FC Porto. Outros antes dele tiveram grandes carreiras internacionais depois de passarem pelo FC Porto, como foram os casos de Luís Castro, Paulo Fonseca, Nuno Espírito Santo ou Vítor Pereira. Com Sérgio Conceição jogámos de forma intensa, agressiva, direta. Com o Vítor é mais um jogo de posse, de controlo. O que não é negociável para os adeptos, e que é na realidade uma marca do FC Porto, é a nossa combatividade, a nossa agressividade", explicou, comentando também a contestação de que a equipa foi alvo em especial depois da eliminação na Taça de Portugal, contra o Moreirense.
"Tal como em Marselha, saí para falar com os ultras. Isto não significa que aceite a violência contra a instituição. Mas, nesse dia, tivemos dois mil apoiantes em Moreira de Cónegos, poucos depois de uma vergonhosa derrota frente ao Benfica. Saí para acalmar e agradecer aos adeptos pelo seu apoio", afirmou.
Noutro âmbito, Villas-Boas abordou a dificuldade que, hoje em dia, um clube como o FC Porto sente ao tentar recrutar jovens talentos em campeonatos como os sul-americanos.
"O problema é que temos muita concorrência. Jogadores como Endrick (Real Madrid), Vinícius Junior (Real Madrid) ou Vítor Reis (Palmeiras), já não podemos chegar a eles com antecedência. Estes jogadores já foram sinalizados pelos maiores clubes e aos 16 anos são avaliados em 30 ou 40 milhões. Não podemos lutar...", referiu.