Líder da SAD e diretor geral não querem competir, e se tiver de ir a jogo, o primeiro admite recorrer à equipa satélite.
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Os custos elevados que encerram o prolongamento da época para além de junho, aliada à penúria de receitas e ao facto de desportivamente o Chaves já não ter qualquer hipótese de subir ao escalão principal, levou a um aparente desencontro de ideias no seio da SAD flaviense no que toca ao modelo desejado para encerrar a presente edição do campeonato, pós-pandemia da Covid-19.
Em declarações publicadas no mesmo dia (domingo) em dois órgãos de comunicação - O JOGO e Record - e proferidas pelo diretor geral e presidente da SAD do Chaves, respectivamente Óscar Santos e Francisco José Carvalho, as mesmas deixaram a nu que ambos querem colocar já uma pedra sobre a presente edição do campeonato, provocando evidente mau-estar no seio dos adeptos transmontanos, embora Francisco José Carvalho admita jogar, caso seja obrigado a competir, mas recorrendo a jogadores da equipa satélite, que milita no Campeonato de Portugal.
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O JOGO procurou esclarecer as eventuais contradições no seio da SAD ouvindo o líder da Sociedade Desportiva, Francisco José Carvalho, que confirmou que o desejo geral da SAD passa pelo "encerramento de imediato do campeonato". Quanto à possibilidade avançar com os jogadores da equipa satélite, o presidente referia-se à eventualidade de "os jogadores que terminam a sua ligação ao clube a 30 de junho e aos que se encontram na condição de emprestados não quererem jogar a partir dessa data por não terem garantias em relação ao salário e ao seguro". Assim sendo, só nesse caso, é que a SAD pondera "recorrer aos jogadores que integraram a equipa satélite no Campeonato de Portugal e que já acabaram a época, porque estão igualmente ligados contratualmente à SAD, perfazendo um grupo de 22 jogadores", esclareceu o dirigente, mas frisando que partilha da opinião do diretor geral Óscar Santos: "Pugnamos ambos pelo encerramento imediato da época, permitindo assim a poupança de alguns milhares de euros que terão que ser gastos para a realização dos jogos, sobretudo no que diz respeito aos cuidados e às despesas, a ter por causa do covid19."