O que aconteceu no túnel do Dragão, a PSP na sala e o comportamento do banco do Estrela
Ao que O JOGO apurou, os responsáveis do FC Porto reprovaram o comportamento de elementos do banco de suplentes e do banco de apoio do Estrela ao longo da partida
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Expulso aos 74’ por protestos, José Faria demorou a comparecer na sala de Imprensa e, quando o fez, surgiu acompanhado de vários agentes da PSP e de seguranças. Para lá da análise ao jogo, o treinador denunciou “uma tremenda confusão no túnel” de acesso aos balneários.
“O FC Porto, como grande instituição, teve uma vitória justa no seu estádio e tem gente séria e humilde, que sabe ganhar e perder. Estou surpreendido com a tremenda confusão no túnel. Sei que houve empurrões e várias pessoas envolvidas. As entidades competentes estão aí para avaliar, há câmaras e som. Houve confusão, com o árbitro da partida presente, alguns delegados e pessoas externas ao jogo”, afiançou o técnico, pedindo ainda “a quem de direito para assumir a responsabilidade”. Faria garantiu não ter solicitado segurança e que foi “o senhor agente que achou por bem vir. Eu não queria, mas cumpro regras e diretrizes que me são dadas”, acrescentou.
Ao que O JOGO apurou, os responsáveis do FC Porto reprovaram o comportamento de elementos do banco de suplentes e do banco de apoio do Estrela ao longo da partida e deram conta disso, numa altura em que Villas-Boas e Jorge Costa estavam presentes, assim como Danilo Veiga, que tinha sido expulso e não deveria estar no local.
O presidente portista mostrou-se incomodado com o comportamento do banco de suplentes e de apoio da equipa amadorense, designadamente para com os apanha-bolas e os adeptos do FC Porto mais próximos daquela zona.
A situação escalou ainda mais quando Dinis Delgado, vice-presidente e delegado ao jogo do Estrela abordou o árbitro Miguel Nogueira, indignado sobre a expulsão de Danilo Veiga. Foi aí que terá sido abordado por André Villas-Boas. A partir deste momento, gerou-se a confusão, envolvendo ainda elementos da segurança privada.
Certo é que, entre o túnel e os balneários, estava presente um forte dispositivo policial. Perante a denúncia de José Faria, é de esperar que a Liga abra um processo de inquérito aos factos ocorridos.