Hugo Vieira, candidato à presidência que foi derrotado pelo atual líder, compreende a decisão da saída de Campelos, mas não iliba a estrutura diretiva
Corpo do artigo
Hugo Vieira, que foi candidato às recentes eleições contra o atual presidente, Avelino Dias da Silva, concorda com a demissão de Vítor Campelos, mas, a O JOGO, considerou que a principal responsabilidade pela crise da equipa é da estrutura diretiva. “Os resultados estão à vista. Ainda bem que houve eleições, porque ganhámos os dois jogos nessa altura, em Portimão e em casa, ao V. Guimarães. Mas, concordo com a decisão; os resultados não aparecem há muito e já foi tarde, deviam ter agido há algumas semanas. Espero que ainda vá a tempo.”
Questionado sobre a forma como o clube atuou no mercado de inverno, sem a contratação de um ponta-de-lança, depois da saída de Baturina e face às lesões de Depú e Alipour, que obrigaram Campelos a jogar com dois jovens dos sub-23, Miguel Monteiro e Miro, e a adaptar o extremo Félix Correia à posição, além da caótica e tardia preparação da pré-época - o treinador chegou a três dias do estágio - , Vieira centrou-se na fase final da época passada.
“A Direção tem muita responsabilidade no que está a acontecer. Além de não ter mandado Vítor Campelos mais cedo embora, porque o futebol praticado nos últimos cinco, seis jogos foi deprimente, o Gil não tem ninguém na estrutura capaz de ir ao balneário e dar um murro na mesa, ou um grito. Não tem ninguém com a mística do clube. Mandaram embora o Daniel Sousa, que é de Barcelos. O erro principal foi, sem dúvida, esse: não terem ficado com ele”, concluiu.