Reforços que se afirmaram, Gyokeres, e jovens promovidos da formação dão colorido a um onze ideal do nosso campeonato, que inclui alguns “clássicos” e tem maioria portista.
Corpo do artigo
Diogo Costa, guardião do FC Porto, foi o jogador mais votado na respetiva posição na eleição do onze do ano por parte dos leitores online de O JOGO. Esse atestado da garantia de segurança que é o também titular da baliza da Seleção Nacional é um justo reconhecimento aos atributos do número 99 dos dragões, mas é indesmentível o impacto de duas outras figuras, de Sporting e Benfica, neste campeonato.
E isso mesmo ficou patente nesta votação, com Gyokeres e João Neves a obterem percentagens muito elevadas de votos.
Com a condição de só irem a votação jogadores que terminam o ano civil a atuar por clubes portugueses, os nossos leitores escolheram uma equipa (previamente “escalada” por nós em 4x3x3) que tem algumas das qualidades mais fortes dos chamados três grandes.
Da baliza, estamos conversados, logo à frente um misto de juventude e veterania, com Pepe a dar o toque de esperiência num quarteto com laterais técnicos e velozes, João Mário e Nuno Santos, e um central canhoto, Gonçalo Inácio, tão valorizado no atual mercado.
O “miolo” é composto pela novidadeVarela e uma dupla do Benfica: o polivalente Aursnes e João Neves, talento saído do Seixal.
Com dois alas rápidos e que manejam na perfeição as diagonais para dentro, em busca do remate, Pepê e Galeno, o ataque tem ao centro o jogador que maior impacto tem causado, Gyokeres, ligado a 25 golos (19 marcados e seis assistências) em... 25 jogos!
Entre várias pontas soltas que sobram da votação, fora dos holofotes dos nomes mais destacados, vale a pena ressaltar o resultado conseguido por Rodrigo Gomes, uma espécie de lateral a todo o comprimento da ala direita que o Braga emprestou ao Estoril. O portista João Mário ficou a larga distância, é verdade, mas a atenção dispensada pelos leitores a Rodrigo confirma a ideia de ser ele uma das grandes revelações da primeira metade da época. O boavisteiro Pedro Malheiro, cobiçado pelo Benfica, é outro dos destaques inevitáveis, e aparece logo a seguir.
Não deixa de ser curioso juntar o resultado de Rodrigo Gomes às palavras recentes de António Salvador sobre ele. Talvez a preparar o coração dos adeptos bracarenses que já o projetavam na armada da próxima temporada, o presidente deixou escapar que dificilmente o terá na Pedreira outra vez. O crescimento futebolístico na Amoreira rebentou a escala e já há tubarões prontos a cravar-lhe os dentes. Resta saber se são tubarões de águas nacionais ou internacionais...
De resto, o Braga confirma-se como sombra dos grandes. Não tem ninguém no onze, mas consegue estar bem posicionado em quase todos os setores. Borja renasceu à esquerda; Víctor Gómez não ficou mal à direita e Ricardo Horta é um ala de créditos firmados. Ironicamente, o goleador do campeonato parece ser o menos convincente de todos os que foram a votação. Marcar muitos golos, pelos vistos, não é suficiente