Treinador foi despedido ao fim de 13 jornadas. Salvou o clube da descida na época anterior, lembrou as dificuldades desse ano, e atualmente vê um plantel com falta de competitividade interna.
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António Barbosa esteve 11 meses no Varzim. Na primeira experiência num campeonato profissional, evitou a descida de divisão e esta época, segundo o próprio, a falta de opções provocou uma competitividade interna muito baixa. As exibições não tiveram paralelismo nos resultados - como espelha o jogo em Alvalade para a Taça de Portugal (2-1)- e acabou por sair com apenas uma vitória em 13 jornadas, sendo substituído por Pedro Miguel.
Apesar da saída precoce, o antigo treinador faz um balanço positivo da passagem pela Póvoa de Varzim. "Chegámos ao Varzim e a equipa estava a sete pontos da linha de água [n.d.r. O Varzim estava a quatro pontos antes da estreia de António Barbosa]. Um desafio que muito poucos aceitavam abraçar. Fizemos 23 pontos na segunda volta. Em dez anos, nenhuma equipa da Liga SABSEG tinha conseguido a permanência com apenas dez pontos [onze] no final da primeira volta. Nós conseguimos! Foi feito um tremendo trabalho, nomeadamente mental. Recuperar a confiança dos atletas foi a prioridade. Depois, é futebol... acreditar na metodologia e nas nossas ideias. Alcançámos a permanência na Liga SABSEG com todo o mérito", recordou, explicando o que não correu tão bem agora. "Esta época houve uma reformulação do plantel. Foi preciso começar do zero. A qualidade do futebol produzido, expressa pelo número de oportunidades criadas e pelas escassas consentidas, não encontrou paralelismo nos resultados. O jogo de Alvalade, para a Taça de Portugal, foi um espelho do nosso campeonato. Foi visível a qualidade que apresentámos. Faltava eficácia no ataque e quase ao mínimo erro sofríamos golo. Ainda eliminámos o Marítimo da Taça também. Fica um amargo de boca, porque a equipa merecia muitos mais pontos por tudo o que produziu", lamentou António Barbosa.
A política de contratações, vinca, também ficou aquém do esperado. "Sabíamos o que queríamos e atacámos cedo o mercado, conseguindo alguns jogadores com qualidade, mas não demos continuidade, não fechámos o plantel e ficámos com opções reduzidas em várias posições. A competitividade interna era muito baixa. Tivemos mudanças constantes em posições fulcrais que dificultaram o processo e a consistência coletiva", finalizou o treinador, que refere sentir-se "melhor preparado para enfrentar o futuro, na Liga Bwin, II Liga ou Liga 3".