Diego Rodrigues marcou na vitória do Braga B por 2-1 sobre o Lourosa, lançando a equipa, a única invicta, para o segundo lugar
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Diego Rodrigues nasceu em 2005 e é júnior de segundo ano. Apesar disso, está a cumprir a segunda temporada no Braga B e, após uma primeira época de adaptação ao futebol sénior, tem estado em bom plano, tendo sido titular nos cinco jogos realizados pela equipa de Custódio Castro na Liga 3. Na última jornada, o médio estreou-se a marcar e pela primeira vez foi eleito o homem do jogo. Por estes dias, encontra-se ao serviço dos sub-20 de Portugal, juntamente com os colegas Chissumba, Jónatas Noro, João Vasconcelos e Dinis Rodrigues.
Na época passada fez apenas sete jogos pela equipa B e nesta já vai em cinco. Sente que este tem tudo para ser o ano de afirmação no Braga B?
-Sim, acredito que esta temporada tem tudo para ser de afirmação. A época passada foi uma época de aprendizagem, na qual, apesar da pouca utilização, aprendi e cresci muito. Afirmar-me na equipa B é um objetivo que vem de trás. Esta época tem corrido bem e quero que continue assim.
Contra o Lourosa abriu caminho para a vitória, naquele que foi também o seu primeiro golo. Teve um significado especial?
-Foi especial pelo facto de ter conseguido marcar o meu primeiro golo na Liga 3 contra um adversário difícil, num campo complicado. O golo tornou-se ainda mais gratificante porque ajudou a equipa a vencer e a manter-se nos bons resultados.
Qual foi o segredo para esse triunfo, que até levou o Lourosa a rescindir o contrato com o treinador?
-A concentração e a união da equipa em todos os momentos do jogo foram a chave para esta vitória. Fomos muito consistentes e eficazes, sem esquecer a nossa qualidade, que nos diferencia das outras equipas.
O Braga B está em segundo lugar e é a única equipa da Série A que ainda não perdeu. São uma equipa difícil de derrotar?
-Somos uma equipa forte em todos os momentos do jogo e entramos em todos os jogos para vencer. Os resultados têm demonstrado o trabalho que tem vindo a ser feito desde o início da época, mas queremos melhorar cada vez mais.
Este arranque está a surpreender-vos, tendo em conta que saíram vários titulares?
-O início de época que estamos a fazer não nos surpreende. O plantel é praticamente novo mas tem uma qualidade enorme, por isso os bons resultados não surpreendem face à qualidade dos nossos jogadores e da equipa técnica que nos orienta. Estamos a conseguir colocar tudo isso em prática, apesar da juventude da nossa equipa.
Houve alguma saída que tenha sido mais difícil de colmatar e há alguém, em sentido inverso, que se esteja a destacar?
-Numa equipa B, as saídas acontecem com frequência, por isso temos uma boa capacidade para nos reinventarmos. Mas temos uma identidade bem definida e princípios dos quais não abdicamos, e nesse sentido o que se tem destacado é a equipa por inteiro. Todos os jogadores têm acrescentado muito, cada um tem as suas qualidades e isso faz de nós uma equipa muito equilibrada.
O Custódio tem lançado vários jovens que se valorizam e dão o salto para a equipa principal ou ligas superiores… É um treinador especial?
-É um míster que nos quer ajudar a atingir os nossos objetivos individuais. O que nós estamos a passar agora, estando na equipa B e próximos da equipa principal, o míster também já passou como jogador. E com a sua experiência consegue ajudar-nos muito, tanto no campo como fora dele.
Chegar à I Liga pelo Braga é um dos seus sonhos...
-Claro, desde que cá cheguei, o meu objetivo é jogar na equipa principal do Braga, mas também sonho jogar nos principais campeonatos como em Inglaterra ou Espanha, por exemplo.
Foi sempre médio? Em que aspetos é mais forte?
-Sim, sempre fui médio. Sou um jogador com boa capacidade técnica com os dois pés, tenho boa visão de jogo, bom remate e sou um jogador de equipa.
Na equipa principal há alguém que admire?
-O Moutinho e o Zalazar são os que mais admiro, pelo estilo de jogo, as principais características deles também são com bola e tento sempre ver os jogos deles para aprender.